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fevereiro 12, 2014

PEÓNIA (Paeonia lactiflora)

Nome Comum: Peónia
Família: Paeoniaceae (Família das peónias)

Descrição:
Planta herbácea perene com altura aproximada de 60 a 75 centímetros, possui ramos semi-lenhosos que por vezes se desenvolvem a partir de rebentos que crescem na base da planta (comummente conhecidos por 'ladrões'). Os ramos laterais desenvolvem-se proporcionando uma largura que chega aos 20 a 30 cm. As raízes são grossas e tuberosas. As folhas são recortadas, de cor verde escura por cima e acinzentada por baixo, ovaladas e em número de nove em cada seção, cada uma com pontas profundamente serrilhadas e pontiagudas.
As flores surgem em cada ramo na primavera, em número variado e têm o feitio de uma taça com 8 a 12 cm de largura e 8 a 10 pétalas, podendo ter cor branca, rosa, vermelho ou salmão, com estames amarelos. Podem ser perfumadas ou não e quando atingem a maturidade, possuem uma cápsula na base que constitui o fruto onde as sementes se abrigam. Algumas flores têm pétalas dobradas.

Muitas variedades possuem uma mancha roxa na base de cada uma das pétalas, proporcionando um efeito deslumbrante. Existem imensos cultivares disponíveis no mercado, embora em Portugal esta planta não seja muito fácil de encontrar nos viveiros mais conhecidos.

Localização:
Esta planta, também conhecida por Peónia Chinesa, provém da Ásia central, principalmente das regiões montanhosas da China, Mongólia e Sibéria.

Cultura:
Quando adquiridas com raiz as plantas devem ser plantadas com a cicatriz do enxerto abaixo da superfície uns 12 a 15 cm, para que as novas raízes se possam desenvolver com abundância. À medida que as flores murcham, deixe secar o cálice que contém as sementes, mas corte as folhas secas para que não atraiam fungos.
 
Luz: Estas plantas necessitam de sol direto ou quando muito sombra parcial. Nos climas muito quentes, prefere alguma sombra nas horas de maior calor.
 
Humidade: As peónias gostam de solo fértil, húmido mas bem drenado. Exigem água em abundância no período inicial de crescimento e devem ser fertilizadas no início da primavera, para que as flores possam ser grandes e em abundância. Toleram solos mais calcários.

Resistência: Dão-se bem em zonas de clima continental moderado. Esta herbácea perene desaparece completamente no inverno e regressa de novo no início da primavera, necessitando de um período frio para voltar a emergir e florir de novo. Durante o período de frio dão-se bem com temperaturas abaixo dos 4,4º C por cerca de dois meses, o que em Portugal não acontece com frequência. Enquanto estão dormentes gostam mais do tempo frio do que quente, razão pela qual elas nem sempre dão flor e podem ser atacadas por fungos, justamente por causa do calor e da humidade. Por outro lado, nas regiões muito frias, deve cobrir-se o solo com folhas, caruma ou aparas de pinheiro junto ao caule, para proporcionar proteção às raízes.
 
Propagação: a reprodução faz-se por semente, mas este processo leva 2 ou 3 anos a dar resultados que nem sempre correspondem à planta de onde as sementes provieram, por se tratar de cultivares. A melhor maneira de propagar peónias é dividindo as raízes tuberosas e replantar as divisões durante o tempo frio, nunca antes do inverno começar. Os chamados “olhos” devem ser plantados a uma profundidade de 5 cm, para que a planta não deixe de dar flor. Na primavera, as estacas retiradas dos caules mais tenros e que se encontram em crescimento, fertilizadas com um pó próprio para esse fim, depois plantadas em solo meio húmido, desenvolvem-se bem, se não no primeiro ano, logo no segundo ano. 

Utilização:
As peónias são de manutenção fácil, vivem anos seguidos (podem ir até aos 50) e são ideais para crescer misturadas em sebes, junto a arbustos ou em canteiros com plantas perenes variadas. Têm uma folhagem muito atrativa e elegante (que por vezes muda de cor no outono) assim como flores de uma beleza espetacular, possuindo quando atinge a maturidade frutos muito curiosos. As variedades mais altas, especialmente aquelas que possuem flores maiores e dobradas, necessitam quase sempre de uma estaca ou de uma cana para suportar o peso e não tombarem com o vento, danificando a planta.


Nas flores para colocar em jarra, deve escolher-se um botão quando este começar a abrir e mantê-lo em local seco e fresco durante as primeiras 24 horas, sem água; depois, corta-se 1 cm da base no pé, antes de colocar a flor em água. Há mais de 2.000 anos várias partes desta planta eram utilizadas para fins medicinais tanto na Ásia como na Europa, existindo hoje em dia pesquisas variadas a partir dos extratos retirados desta planta para utilização em medicina.

Características:
Conhecida como “a rainha das flores”, estas plantas ornamentam há séculos jardins de rara beleza em todo o mundo. Por regra são dos exemplares mais populares na Europa (desde o sec. XVII) e da América do Norte onde passaram a ser conhecidas a partir do século XIX.

Alerta:  Aparentemente todas as partes desta planta são ligeiramente tóxicas pelo que não devem ser ingeridas sob nenhuma forma.

3 comentários:

  1. Olá boa tarde.
    Espero q não me leve a mal a correcção mas a planta ilustrada não é uma peónia mas sim uma papoila, A confusão deverá vir do facto de este grupo de papoilas ser por vezes chamadas de papoila peónia (Peony poppy) devido à semelhança com as flores desta ultima. Se comparar as folhas e os botões desta planta com as de uma peónia irá ver que são completamente diferentes

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    1. Tem toda a razão, vou corrigir esta ficha na primeira oportunidade. Obrigada.

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    2. Corrigida já a foto destas plantas, por ter sido esclarecida, no comentário acima, a diferença entre Peónia e Papoila peónia, planta retratada inicialmente e da qual iremos em breve publicar a respetiva ficha técnica. Gintoino, obrigada pelo contributo.

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