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julho 21, 2007

Hortênsia (Hydrangea macrophilla)

Família: Hydrangeaceae (família Hydrangea)
Nomes Comuns: Hydrangea Francesa, Hydrangea de Folha Larga
Nome comum: Hortênsia

Descrição: A Hortênsia ou Hydrangea é um arbusto arredondado com folhas caducas e serrilhadas de tons verde escuro ou claro, que se dispõem ao longo do ramo em posições alternadas. Em regra medem 0,9-1,8 m de altura e têm uma largura equivalente, mas as espécies mais antigas podem ultrapassar os 2,4 m. As flores das variedades mais comuns dispõem-se em cachos em forma de bolas. Há muitas variedades e também muitos híbridos.


Cores: Na maior parte das espécies de Hydrangeas as flores são sensíveis ao PH, sendo as flores de cor roxa escura ou azul cobalto prevalecentes em solos mais ácidos, enquanto a cor branca ou verde clara indica que o solo é neutro e a cor de rosa resulta de terrenos alcalinos. Por esta razão, se preferir que a planta tenha flores de cor azul basta acidificar o solo com um preparado à base de ferro (por exemplo, há quem espete um prego ferrugento perto das raízes da Hortênsia, não garanto que resulte mas não custa tentar...). Existem à venda preparados destinados a influenciar a cor das hortênsias, que nos meses quentes possuem uma vegetação verde escura muito bonita. A floração torna-se mais fácil nas regiões com Invernos menos rigorosos, dado que as flores nascem nos ramos que cresceram no ano anterior, mais tenros e sensíveis ao frio e à geada. Esta informação é muito importante para orientar a forma de podar. A Hydrangea Francesa pode ser perene nas regiões com Invernos muito suaves.

Origem: Embora vulgarmente seja conhecida por Hydrangea Francesa, a Hortênsia ou Hydrangea macrophylla é originária do Japão e da Coreia. Naturaliza-se em zonas de clima compatível como é o caso dos Açores.

Cultura: Gosta de solo rico, solto, húmido mas bem drenado. Nas regiões mais a norte prefere o sol directo. Nos Verões quentes, floresce bem em locais ao sol ou parcialmente à sombra. Com sol directo as folhas ficam com um aspecto murcho, mesmo que tenha sido regada há pouco tempo, por essa razão nestes locais o aspecto da planta é sempre melhor ao fim do dia. Pode retirar as flores logo que comecem a secar, uma vez que começam a dar sementes imediatamente após iniciarem a floração ou pode deixar secar e podar no fim da estação. Tentei esta última opção recentemente e o resultado foi que, como não foram podadas na altura da formação dos gomos de flores, no ano seguinte deram muito mais flores e maiores. Em conclusão, aconselho a deixar o mais tempo possível as flores secas embora o aspeto geral seja bastante feio e cortar só quando já não se suporta mais ver a planta quase toda seca.
Luz: Sombra parcial ou sol.
Humidade: Húmido, bem drenado. Regas constantes, quando a planta estivar com flores permite uma duração mais longa das mesmas.
Resistência: Zonas 6-10.
Propagação: Por estacas, muito fáceis de propagar.

Aplicações: Nos climas onde a Hortênsia dá flor, coloque-a no meio de uma sebe com espécies diversas ou por trás de uma zona de flores. A sua folhagem rica e o tamanho médio tornam-na um excelente cenário de fundo para flores brancas ou de cor suave, ou mesmo para plantas perenes altas e anuais. Nos climas quentes a Hydrangea Francesa é perfeita para dar um toque de Primavera nas áreas mais sombreadas ou nos jardins com árvores. Isolada pode ter um aspecto fantástico e quanto maior for melhor. Aconselham-se podas muito ligeiras, para evitar diminuir a quantidade de floração no ano seguinte. É fácil obter flores secas da Hortênsia, que duram muito tempo e podem ser coloridas com um spray de outra cor ou ficar na cor natural, apenas cobertas com um pouco de laca de cabelo para endurecer e preservá-las por mais tempo.

Características: Estas plantas, que são de fácil cultura e muito vulgares no nosso país, encontram-se praticamente de norte a sul e são, sem margem para dúvidas, um excelente contributo para qualquer jardim.
21-07-2007

Hera Americana (Parthenocissus quinquefolia)

Família: Vitaceae (família das vinhas)
Nomes comuns: Trepadeira da Virgínia, Hera Americana
Outras Variedades: Parthenocissus henryana e Parthenocissus tricuspidata


Descrição: A Hera Americana é uma espécie vegetal de crescimento rápido que se agarra às superfícies através de pequenas gavinhas em forma de disco. As folhas caem no fim da época e são tipicamente constituídas por cinco pontas que irradiam para o exterior de um petíolo (talo da folha) como raios de uma roda. Cada ponta tem cerca de 7,6-17,8 cm de comprimento e 2,5-5,1 cm de largura. As folhas tingem-se de tons de vermelho no Outono, formando uma cobertura muito vistosa. Possui pequenas flores dissimuladas dispostas em cachos presos a um pé longo, no fim do qual se encontra cada flor (o pedúnculo da flor); a estas inflorescências chama-se um "cyme". O conjunto de uma inflorescência pode ter cerca de 10,2-15,2 cm. A Trepadeira da Virgínia dá bagas de cor negro-azulado, com menos de 1,3 cm de tamanho que são muito apreciadas como alimento para pássaros diversos e outros animais.

Origem: A Parthenocissus quinquefolia é nativa da costa este da América do Norte e existe desde o Quebeque no Canadá até à Florida e na parte oeste do continente, no estado do Texas.
Cultura:
Fácil de cultivar, a Trepadeira da Virgínia pode tornar-se incontrolável se não for domesticada. Projecta guias para todos os lados e liberta sementes que germinam sozinhas; em adultas estas trepadeiras podem suavizar o aspecto de alguns arbustos e árvores, ou construções. Dão-se bem em qualquer solo, ao sol ou sob sombra parcial, com ou sem uma estrutura alta por perto por onde possa trepar.

Luz: Sombra ligeira (filtrada); sol parcial ou mesmo muito sol.
Humidade: Resistente à seca e ao frio; quando atingida pela geada, desaparece e volta a nascer quase sempre na Primavera.
Resistência: Zonas 3-9.
Fertilização: Não requer atenções especiais.
Propagação: Através de cortes que tenham raízes, ou através de sementes. Em algumas espécies aconselha-se guardar as sementes no frigorífico durante 60 dias antes de as semear em Março ou Abril.

Aplicações: A Hera Americana é apreciada pelas suas folhas brilhantes e coloridas no Outono e também por
poder constituir uma excelente cobertura para o solo, basicamente livre de cuidados de manutenção. Quando trepa por árvores ou por outras estruturas altas, desenvolve ramos alongados e muito vistosos. Quando não encontra nada a que se agarrar, prende-se ao chão com raízes falsas constituindo uma excelente cobertura para áreas com desníveis ou locais onde não seja possível ou desejável ter relva.

Características: O nome do género, Parthenocissus, é a latinização da tradução do grego do nome comum Trepadeira da Virgínia. Em grego Partheno significa “virgem”, cissus significa “vinha” e quinquefolia em latim é “cinco folhas”. Existem cerca de 9 ou 10 espécies de Parthenocissus no Japão e na China. A Hera Japonesa (P. tricuspidata) é outra espécie caduca, muitas vezes utilizada para cobrir paredes e conhecida habitualmente por Hera de Boston.

Cuidado! Não permita nunca que em estado adulto esta trepadeira se torne tão vigorosa de modo a sufocar em excesso algum arbusto ou árvore mais pequena.

julho 15, 2007

Nenúfar (Nymphaea odorata)


Família: Nymphaeaceae
Nome comum: Nenúfar


Descrição: Este é o mais pequeno de todos os Nenúfares. As flores têm pétalas muito brancas com um centro amarelo e aveludado. A flor é aromática, atinge 10-23 cm de diâmetro e dura todo o Verão em praticamente todas as regiões de Portugal. As folhas, redondas e largas, têm cerca de 10 a 13 cm de largura e cada planta, quando desenvolvida, ocupa normalmente uma superfície de 1,2 a 1,8 m. Aliás, quando as folhas se desenvolvem e ocupam muita da superfície da água, o que acontece com frequência, as flores que normalmente flutuariam à superfície crescerão um pouco mais à procura de espaço e de luz e elevam-se uns centímetros acima da água, com grande elegância. As pétalas abrem de manhã e fecham-se ao fim do dia. Cada flor dura cerca de três a quatro dias, mas quando retirada do seu habitat natural para ser colocada numa jarra por exemplo, dura muito menos. O Nenúfar é uma planta perene, que hiberna no Inverno até chegarem os primeiros dias quentes da Primavera. Existem várias selecções de cores e tipos diferentes, que podem encontrar-se em Portugal nos viveiros de maior dimensão.

Origem: A Nymphaea odorata, é nativa da costa leste dos Estados Unidos mas está perfeitamente naturalizada na Europa.
Cultura:

Luz: Gosta da luz solar directa.
Humidade: É uma planta aquática que vive submersa em profundidades que vão desde os 7,6 cm a 1,8 metros. Não exige nenhum tipo de solo especial, mas dá-se melhor numa mistura que contenha barro e pedrisco fino.
Resistência: Dá-se bem nas zonas classificadas de 3 a 11. Adapta-se facilmente a climas temperados e/ou tropicais.

Propagação: Por cuidadosa divisão dos rizomas, pelo menos de 3 em 3 anos, no fim do Inverno quando começam a despontar as primeiras folhas. Coloque cada raiz no meio do vaso, mais para cima e paralela ao fundo. O vaso deve ser em rede de plástico perfurado, de preferência forrado com uma tela grossa sintética resistente à água mas que permita o encharcamento das raízes, impedindo que a terra caia para os lados e saia do vaso. Depois de completar com uma mistura de mais terra e pedrisco até à superfície, cubra esta com pedrisco compacto para não deixar que o solo se escape do vaso. Comprima um pouco e coloque na água à profundidade desejada, em cima de tijolos dispostos no fundo para facilitar o manuseamento futuro. Não se esqueça de deixar uma pega, fio de nylon ou outro dispositivo que ajude a erguer o vaso quando for necessário fazer uma limpeza às raízes ou mesmo dividi-las, sem ter que esvaziar o local onde se encontram. Se conviverem com peixes, este aspecto é mesmo essencial.

Aplicações: Podem ser plantadas em locais muito pequenos ou em alternativa em lagos profundos. Também se dão bem em potes grandes, banheiras velhas enterradas no jardim, etc. Desenvolvem-se extraordinariamente em lagos (naturais ou artificiais), charcos ou outros locais onde a corrente seja fraca, uma vez que não apreciam o movimento excessivo da água. Desde que as raízes (rizomas ou tuberosas) estejam cobertas no mínimo por 7 a 10 cm de água, os Nenúfares dão-se bem em praticamente todo o lado, desenvolvendo-se com grande facilidade de ano para ano. Não exigem quase nenhum cuidado especial, mas gostam que se vão cortando as folhas mais velhas que aliás se tornam rapidamente amarelas e feias.
Características: Conhecido nos EUA como alligator bonnet – à letra seria “boné de crocodilo”, provavelmente porque em alguns lagos daquele continente coexistem Nenúfares e crocodilos que, quando assomam à superfície por debaixo das folhas, parecem ter bonés nas cabeças… – esta planta é compacta, produz um efeito espectacular e as flores são muito aromáticas. Torna-se perfeita para jardineiros que possuam um pequeno tanque ou lago artificial e queiram iniciar-se na cultura de plantas aquáticas. O nome do gene vem de Nympha, uma deusa da natureza na mitologia grega e romana.

15-07-2007

julho 07, 2007

Tulipa

Família: Liliaceae
Nome comum: Tulipa
Outras variedades: Existem muitas variedades.

Descrição: Existem inúmeras espécies de Tulipas, de cores e feitios para todos os gostos. Muitas delas são variedades cultivadas em laboratório a partir de exemplares simples. As Tulipas são bolbos que duram vários anos quando tratados adequadamente e cada bolbo produz em regra uma única flor no início da Primavera. As flores têm a forma de um sino invertido e possuem regra geral sete pétalas, mas podem existir Tulipas com pétalas dobradas, em forma de estrela ou com riscas de mais de uma cor. Existe um acordo internacional que classifica e caracteriza todas as Túlipas conhecidas e registadas no “Registo Internacional e Lista Classificada dos nomes de Tulipas”, publicado na Holanda pelo Real Associação dos Produtores de Bolbos.

Origem: As espécies originais são provenientes da Europa e da Ásia, sobretudo das regiões de clima temperado. Dão-se bem em zonas com Invernos frios e Verões secos, e desenvolvem-se bem em solos pouco ricos.

Cultura:
O cultivo das Tulipas é um pouco mais difícil do que os outros bolbos de Primavera. Não suportam a concorrência de outras plantas no mesmo canteiro. Se o solo for excessivamente acido, deve ser neutralizado com cal. Não deve plantar-se Tulipas no mesmo local por mais de 2 ou 3 anos seguidos, para não esgotar o solo.



Luz: Apreciam o sol intenso e desenvolvem-se melhor quando orientadas para sul. Contudo, nas zonas 7 a 10, devem proteger-se com alguma sombra ou pelo menos com sombra a meio do dia, quando o sol está mais forte.
Humidade: O solo deve ser bem drenado mas com capacidade para reter alguma humidade nos períodos mais secos de crescimento na Primavera. Se for necessário regar não molhe as folhas. Mantenha os bolbos secos durante os meses de Verão e Inverno.
Resistência: Gosta de frio e dá-se bem nas zonas 4 - 10.
Propagação: É necessário plantar os bolbos de Tulipas no fim do Outono, para que possam florir na Primavera seguinte. Não devem ser colocados no solo muito cedo porque o calor incita-os ao desenvolvimento precoce e os bolbos necessitam de um período de frio para desabrocharem convenientemente. Se pelo contrário forem plantados muito tarde não terão tempo para desenvolver adequadamente o sistema de raízes. O fim do Outono é o período ideal.
Os bolbos à venda nas lojas da especialidade devem ser comprados no fim do Verão e por precaução confirme se estão velhos ou rijos e bem constituídos. Devem ser sujeitos a um período prévio de refrigeração dentro do frigorífico durante 6 a 8 semanas e só depois plantados a uma profundidade de 15-20 cm, ou no máximo 30.5 cm se se pretender deixá-los posteriormente no solo de um ano para o outro. Espace os bolbos entre si a uma distância de 20 cm. Após a floração, assim que as folhas começarem a amarelecer mas antes de se tornarem castanhas, levante os bolbos das Tulipas com cuidado para não os ferir e guarde-os em papel de jornal, durante todo o Verão, em local seco e fresco onde se manterão em condições de ser utilizados no jardim ao longo de várias épocas. Os bolbos maduros produzem por vezes “filhos” que podem ser separados do bolbo principal e plantados na época própria embora não devam florir logo na estação seguinte.
Fertilização: Espalhe um fertilizante à base de potássio e fósforo logo após enterrar os bolbos, e reforce a dose no fim do Inverno, mas com baixo nível de nitrogénio para conter a produção de folhagem verde e evitar as doenças por fungos. É recomendada a utilização de farinha de ossos e de superfosfato.

Aplicações:
Plante em vasos rectangulares, em canteiros e floreiras ou no jardim no meio da relva. As Tulipas sobressaem se forem plantadas em grandes quantidades da mesma cor ou de cores complementares no mesmo conjunto, nunca isoladas pois não se distinguem. Plante grupos de 20 ou 30 bolbos da mesma cor e verá o efeito surpreendente que farão quando florirem na Primavera. São das primeiras plantas a florir no ano e por essa razão constituem o primeiro sinal da Primavera. Duram até fins de Maio.
É possível forçar a floração de uma Tulipa: no Outono e no início do Inverno plante 5 ou 6 bolbos num vaso com 15 cm e cubra ligeiramente com terra fina. Guarde 6 a 10 semanas num local frio e arejado para que os bolbos ganhem raízes e nessa altura mude o vaso para um local mais quente, a fim de que a planta se desenvolva. Logo que se inicie o processo de floração, o vaso pode ser trazido para o local definitivo, a sala ou outra divisão onde permanecerá até desabrochar totalmente. Estes bolbos forçados em regra não voltam a florir.

Características: A comercialização de Tulipas é, como é conhecido, uma das maiores indústrias mundiais com relevância para a Holanda, que produz mais de 3 biliões de bolbos anualmente, dos quais uma parte é destinada à produção de flores cortadas, enquanto a maior parte constituí um importante produto de exportação para todo o mundo sob a forma de bolbos.

07-07-2007

Papoila da Califórnia (Eschscholzia californica chamisso ssp. mexicana Hunnemannia fumariaefolia)

Família: Papaveraceae
Nome comum: Papoila amarela gigante
Outras variedades: Esch. Caespitosa, Esch. caespitosa 'Sundew', Esch. Ciliata, Esch. Parishii, Esch. mexicane

Descrição:
Herbácea anual, nas regiões quentes pode ser perene (zona 10) e tem folhas finamente recortadas de cor cinzenta azulada que nascem alternadas a partir de um veio prateado. Floresce na Primavera até ao fim do Verão (Abril a Setembro). As flores (4 - 5 cm) em forma de cálice, solitárias e com quatro pétalas aveludadas, possuem uma cor mais profunda junto à base.

Origem:
Zona oeste dos Estados Unidos (California, Oregon) foi baptizada segundo o botâncio inglês John Hunnemann.

Cultura:
Estas plantas atingem os 60 cm. Como acontece com todas as papoilas, são difíceis de transplantar excepto logo após as sementes germinarem, ou quando retiradas do solo com uma bola de terra junto à raiz. Por esta razão, é preferível semear no lugar definitivo em Setembro ou Outubro, deitando fora alguns pés logo que se tornem bem visíveis, para evitar a sobre ocupação. Para obter resultados mais cedo, plantar em pequenos vasos e transplantar depois cuidadosamente para vasos maiores. Se verificar dificuldade em germinar a semente, mergulhe-a durante algum tempo em água morna. As flores velhas devem ser suprimidas para favorecer a floração. No Verão, pode podar-se para fortalecer o resto da planta. As flores fecham-se durante a noite e com o céu encoberto podem não abrir. Existem cultivares com pétalas dobradas e semi-dobradas.


Luz: Prefere uma localização com muito sol.
Humidade: Suporta os períodos secos, mas não suporta excesso de água nas raízes.
Resistência: Solos bem drenados ou arenosos, adapta-se a solos pouco ricos. Tolera o sal.
Propagação: Propaga-se por semente, no Outono ou na Primavera (Abril). Florescem logo no primeiro ano. As sementes estão localizadas numa longa capsula (7- 8 cm) ovalada, verde cinza, que contem minúsculos grãos. Recolhem-se as sementes em Setembro.

Aplicações: Em canteiros e junto a sebes onde ocupam a zona inferior, fazendo contraste com fundos verdes, abrigada do vento para protecção das pétalas que são delicadas.

Características: A folhagem pálida verde acinzentada, é rendilhada. Todas as partes desta planta são venenosas. Atenção: torna-se invasora quando não controlada
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07-07-2007

Madressilva (Lonicera japonica)

Família: Caprifoliaceae
Nome comum: Madressilva
Outras variedades: L. chinensis, L. Superba, L. japonica, Purpurea ou var. repens,
L. periclymenum 'Belgica', L. periclymenum 'Serotina', L. 'Graham Thomas', L. x tellmanniana, L. x brownii , L. fragrantissima, L. nitida 'Baggesen's Gold'


Descrição:
A variedade mais vista em Portugal é a Lonicera japonica, cujas flores tubulares têm a pétala superior dividida em duas e são inicialmente de cor branca, mudando no segundo dia para um beije pálido ou um amarelo torrado; as flores nascem aos pares ao longo do caule, desde meados de Junho até fins de Novembro.
A Madressilva é uma trepadeira extremamente vigorosa que pode crescer até 9 metros de altura e com folhas que nos climas mais frios são caducas. As flores têm um perfume acentuado e podem ter frutos, com a forma de pequenas bolas pretas.

Origem: É originária do leste da Ásia e do Japão.

Cultura: A maior parte das variedades desta planta tolera uma grande diversidade de solos, tornando-se fácil a sua cultura. De preferência porém, o solo deve ser organicamente rico por forma a reter bem a humidade. Suporta condições de seca e calor, se bem que se desenvolva melhor quando as raízes estão à sombra e o topo da planta ao sol.
Dado que floresce nos ramos nascidos no ano anterior, deve ser podada imediatamente após a floração; uma poda severa limita não só o crescimento excessivo como ajuda a obter o formato pretendido. Se atingir um tamanho excessivo, pode ser cortada rente ao chão pois voltará a crescer de novo rapidamente. Luz: Local com muito sol ou sombra parcial. Cresce bem um local sombrio mas não dá tanta flor.
Humidade: Tolera tanto solos secos como húmidos.
Resistência: A folha é perene nos climas quentes e caduca nos frios. Regressa rapidamente logo que a temperatura do ar sobe.
Propagação: É fácil de propagar por estaca, retirada no mês de Julho quando a planta se encontra em pleno vigor. Para estimular o aparecimento das raízes, utilize um sistema de aquecimento suave do recipiente onde a estaca foi plantada até as raízes surgirem e mude-a para um local mais frio logo que o sistema de raízes esteja estabelecido.
Muitas variedades propagam-se também enterrando uma das muitas novas hastes parcialmente num vaso ou no chão, onde ganhará raízes. Bastará separar esta nova planta da planta mãe e colocá-la noutro local para que se desenvolva, logo que o sistema de raízes esteja criado.

Aplicações: A Madressilva pode ser utilizada como trepadeira, como planta perfumada em canteiros e ainda como arbusto compacto, se for encaminhada para tomar formas diferentes. É uma trepadeira quase indestrutível cujo crescimento deve ser controlado pois pode fazer desaparecer outras espécies, e constitui também um bom revestimento para solos, crescendo rapidamente e ocultando a terra ou segurando os terrenos de uma encosta, evitando a sua erosão; pode ainda ser domesticada num sistema de treliça ou vedação, emitindo uma fragância muito agradável.
Atrai abelhas e pássaros conhecidos como beija-flores e os frutos são procurados por muitos pássaros canoros. Como atrai insectos polinizadores, pode ser usada com vantagem junto de hortas ou pomares. Estas trepadeiras fazem um excelente contraste quando cultivadas perto de Clematis.

Características: Dada a tendência invasora desta planta, quando não controlada, pode atacar outras espécies cujas raízes começam a secar. Quando atacada por afídeos, a planta enfraquece, podendo secar. Pulverize com um produto adequado e mantenha as raízes da Madressilva frescas e o topo com bastante luz, para evitar o aparecimento desta peste.


07-07-2007