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maio 29, 2014

FETO (SAMAMBAIA)


Nephrolepis exaltata
Nome comum:
FETO, SAMAMBAIA, FETO DE  BOSTON
Família:
Nephrolepidaceae 

Descrição:
O feto tem folhas frondosas e alongadas com 90 cm de comprimento e cerca de 15 cm de largura, que se apresentam a partir do solo em tufos chamados rizomas. As folhinhas individuais que se distribuem simetricamente de cada lado, ao longo de um veio central, podem chegar a ter 7,5 cm de comprimento e são levemente dentadas nos bordos. Na parte de baixo destas folhinhas existem duas filas paralelas de pintinhas junto aos bordos, onde se alojam os orgãos que contêm os esporos os quais mais tarde darão origem a novas plantas.


Existem muitas variedades de cultivares desta espécie. No Feto de Boston ou simplesmente feto como é conhecido em Portugal, as folhas caem graciosamente para os lados e é também o tipo que melhor suporta todas condições de cultivo incluindo dentro de casa, onde se for bem tratado, vive todo o ano durante muitos anos.

Algumas espécies são nativas do Brasil, onde o feto é muito utilizado em jardins e na decoração de pátios e mesmo de salas, e são conhecidos por Samambaia, tendo em geral um porte maior e mais frondoso.

Origem:
Originário da América do Sul, o feto é muito comum nos climas tropicais húmidos, podendo desenvolver-se livremente na natureza, em florestas húmidas e pantanosas, graças ao efeito do vento que favorece a dispersão dos minúsculos esporos. Nestes ambientes quentes e húmidos, os fetos facilmente se desenvolvem nos troncos de algumas palmeiras. Em Portugal, nomeadamente na mata do Buçaco, existem variedades maravilhosas desta planta desenvolvendo-se em plena natureza.


Cultura:

Luz: Requer sombra parcial, sem luz direta quando em exteriores e luz clara, filtrada, quando dentro de casa.

Humidade: O Feto de Boston gosta do solo húmido (mas não em excesso) e rico em matéria orgânica. Este é tolerante à seca, comportando-se melhor do que qualquer dos cultivares mais conhecidos desta espécie, e embora resista bem, apenas terá condições para se desenvolver de forma plena e viçosa, em condições de suficiente humidade do solo e do ar.

Quando cultivado em recipiente e não no solo, convém colocar pedrisco entre o vaso e o prato onde o mesmo assenta, por forma a manter sempre alguma humidade, evitando porém que o vaso entre em contato com a água para que as raízes não apodreçam. Sempre que a humidade do ar for inferior a 80% (o que em Portugal acontece com frequência), pulverize as folhas do feto mais do que uma vez ao dia e verá que a planta desenvolver-se-á com grande vigor e beleza.

Resistência: Zonas 9 a 11. O Feto de Boston desaparece quando sujeito a muito frio e geada, mas reaparece na primavera a partir das raízes anteriores. Contudo, não suporta falta de água e pode secar completamente se não chover ou se a rega for esquecida. Se notar que as folhas começam a cair é sinal de que a planta precisa de mais água, toque o solo com a ponta dos dedos e sempre que este estiver seco, regue. Caso os veios centrais das folhas fiquem nus e secos, corte-os entre duas unhas, para que o aspeto geral fique mais apresentável e também para dar mais corpo a toda a planta, que sem isso ficará com um aspecto um tanto ou quanto "desgrenhado" 

Propagação: Propaga-se por divisão das raízes, ou ainda, embora mais dificilmente, por meio dos esporos, e neste caso, nas variedades cultivares o resultado não dará plantas iguais à planta mãe. 

Aplicações:

Em exteriores os fetos podem ser utilizados como cobertura ou revestimento de canteiros, por baixo de árvores frondosas ou de arbustos que providenciem sombra, em geral em locais onde a pouca luminosidade não favorece as plantas mais baixas.

Em condições favoráveis, desenvolvem-se através de raízes que se espalham subterraneamente e despontam aqui e ali, sem exigir grandes cuidados. Dentro de casa, tanto a espécie como os inúmeros cultivares que existem podem ser plantados em recipientes adequados para ser pendurados ou colocados em cima de um pedestal, pois as folhas que caiem à volta do vaso proporcionam um efeito decorativo fresco e muito atrativo.

Por essa razão, dão-se também muito bem em casas de banho ou nas cozinhas desde haja humidade no ambiente. Em última análise, um borrifador à mão pode, como referimos antes, fazer milagres.  

Características:
O Feto de Boston é sem dúvida uma planta muito resistente e própria para jardineiros principiantes que queiram desenvolver as suas aptidões sem que no entanto possuam grandes conhecimentos. Tem a vantagem de poderem ser plantados dentro ou fora de  casa, já que a vida urbana não nos permite muitas vezes ter uma varanda, para já não falar de um jardim.
 
Proporcionam um efeito espetacular no parapeito de uma janela onde haja luminosidade, e isto tanto para o exterior como para o interior da sala onde estiverem colocados. Também se adaptam bem no topo de uma escadaria, ou num balcão, são plantas muito vistosas quando se desenvolvem bem. No meio de um arranjo com outras plantas (prímulas, calêndulas, cíclames ou jacintos) ficam muito atrativas.
 

Em todas as casas onde vivi, isto em diferentes cidades, houve sempre um feto ou uma samambaia para alegrar o ambiente, mesmo quando isso aconteceu à beira de um deserto (como nesta foto de Telavive). Lá está, mas sempre com um borrifador à mão para aspergir as folhas praticamente todos os dias...

 

maio 08, 2014

LANTANA

(Lantana camara)

Família: Verbenaceae (família da verbena)
Nome Comum: Lantana, Verbena
Outras Variedades: Lantana Montevidenses

Descrição:
Arbusto resistente dos trópicos, a Lantana é perene e pode crescer até 1,5 m de altura e por vezes ter 1,20 m de diâmetro; as hastes e as folhas estão cobertas com pelos e é ligeiramente áspera ao toque. Cheira a urina de gato e é conhecida por isso mesmo. Facilmente se naturaliza e como tal pode ser invasora, sendo necessário controlá-la. O aspecto mais positivo é que, para além de atrair borboletas, dá flor em regra desde a Primavera até ao Outono.

Origem:
Nativa das Caraíbas, está naturalizada em praticamente todo o mundo.

Cultura:
Em solos muito ricos dá menos flores e mais folhagem, sobretudo nas plantas mais jovens, por esta razão não deve ser fertilizada com muita frequência. Quando plantada em jardins, pode enterrar-se o vaso onde a Lantana cresceu inicialmente para controlar melhor a qualidade do solo, evitar a excessiva implantação e não prejudicar as outras espécies de plantas próximas que podem exigir um solo mais rico do que o que a Lantana necessita.

Luz: Muito sol ou sombra parcial.
 
Humidade: Requer solos bem drenados e é resistente à seca. Demasiada água e demasiado fertilizante reduzem a quantidade de flores, aumentando a folhagem.
Resistência: Zonas 8-11. Dá-se bem com temperaturas elevadas, em climas secos mas também  floresce nos climas húmidos. Pode desaparecer no Inverno com temperaturas mais baixas ou com geada, mas quase sempre volta a renascer na Primavera.

Propagação: Por sementes (mais difícil) ou por estacas obtidas durante o tempo quente. Escolhe-se uma ponta sã, tenra e verdejante que se corta, limpam-se as folhas dos primeiros dois terços da estaca a contar do fim, mergulha-se o pé bem limpo em hormonas fertilizantes, sopra-se para retirar o excesso e planta-se em solo bem drenado. Existem diversos híbridos e variedades de Lantana, sendo a mais vulgar a Lantana Festival, que produz maior quantidade de flores e tem menor tendência para se naturalizar em zonas sub-tropicais.

Fertilização: Não requer mais do que fertilização uma vez de mês a mês e pode ser aplicado o fertilizante universal 10-10-10 (N-P-K).

Aplicações:
Em sebes e tapetes coloridos misturados. Também se usa para ajudar a colorir zonas com arbustos vários, e em regiões mais frias como uma planta anual. Tolera salpicos de água salgada e por essa razão pode ser utilizada em jardins junto ao mar, onde por vezes é difícil manter vegetação devido às brisas salgadas. Fica bem em vasos, floreiras ou canteiros.

Características:
Planta de baixa manutenção, a Lantana não requer praticamente cuidado algum. Pode ser podada em arbusto redondo ou em forma de uma pequena árvore, se lhe forem retirados os ramos inferiores laterais, à medida que cresce. Se se pretender mais folhagem e menos flor, enquanto adquire a forma definitiva, rega-se e aduba-se com maior frequência do que a necessária habitualmente. Atrai borboletas.

Atenção: A Lantana não deve ser ingerida por animais ou crianças, embora os frutos que produz sejam semelhantes a pequenas bagas ligeiramente adocicadas e por essa razão se possam revelar atraentes.

maio 07, 2014

PLANTA DAS FITAS

(Carex oshimensis 'Evergold')

Nome comum: Planta Aranha, Planta das Fitas, Oshima “espargânio”
Família: Cyperaceae


Planta das Fitas
Descrição:
Esta planta perene possui folhas compridas, espalmadas e finas, semelhantes a ervas alongadas e tem listas amarelas a todo o comprimento. Cresce a partir de um centro muito denso em forma de repuxo e pode ocupar 25 a 51 cm de largura, ramificando-se lentamente através de rizomas subterrâneos.

As folhas da carex oshimensis são estreitas (0,6 cm) e podem atingir 25 a 38 cm de comprimento, curvando-se elegantemente desde o meio para os lados, formando um pitoresco ninho. Esta espécie “evergold” tem as folhas raiadas de amarelo no centro com uma margem verde escura, lançando flores na primavera, a partir do extremo de um caule amarelo fino ou haste, que se bifurca em vários outros caules triangulares, onde nascem folhas e flores brancas muito decorativas dispostas em jarra.
Junto ao relvado
Localização:
A origem desta planta é o Japão, daí ser também conhecida por Oshima japonesa sendo nativa da ilha de Honshu, onde surge em florestas e encostas pouco húmidas. As espécies ornamentais entretanto desenvolvidas – ou cultivares – foram selecionadas por jardineiros japoneses e encontram-se em muitos jardins do mundo inteiro e naturalmente, em Portugal também em grande quantidade.


Cultura:
Luz: a Oshima gosta de um local com meio sol ou sombra leve, o que permite que os seus tons de verde e amarelo contrastem melhor. Em climas quentes podem crescer mais altas e delgadas do que o habitual.

Humidade: dão-se melhor em solos húmidos desde que com boa drenagem, de forma a não permitir a acumulação de água e o apodrecimento das raízes.

No forno do pão, vasos com Oxima
Resistência: Zonas 5 – 9. Em locais muito quentes a planta “queima-se” nas pontas das folhas com facilidade.

Propagação: a partir dos rizomas da base, separam-se em várias mudas no fim do inverno ou princípio da primavera, distanciando-as no terreno umas das outras, pois em breve ocuparão três vezes mais espaço do que o inicial. Aconselha-se a espaçá-las umas das outras uns 40 a 50 cm. Os rizomas (raízes com aspeto de cabelos finos e delicados) têm no meio uma espécie de bolha comprida e transparente, que faz parte do sistema de propagação.

Podem também ser multiplicadas a partir de novos tufos de folhas que se criam no fim de cada haste, tendo o cuidado de deixar um pouco das raízes juntamente com a nova planta e de regá-la cuidadosamente nos primeiros tempos para se agarrarem melhor ao solo. Aliás quando não se cortam estas hastes e se deixam as plantinhas na ponta tocar o solo, estas podem enraizar facilmente no local onde se encontram o que aconselha um constante acompanhamento deste processo, pois obrigarão o jardineiro que não pretenda ter estas plantas por todo o jardim, a eliminar de quando em quando alguns destes filhotes da planta primitiva.

Planta das Fitas ou Planta Aranha
Utilização:
O aspeto elegante desta planta, que se desenvolve rapidamente para os lados em forma de chuveiro, torna-a muito adaptada a sebes baixas ou em bordas de canteiros informais, junto a relvados por exemplo. Também se podem utilizar no meio de sebes verdes com outras plantas altas por detrás, para contraste de cor pela variedade das folhas verdes e amarelas. Num canteiro onde não se queira plantar flores mas se pretenda ter o solo limpo e ocupado, pode ser usada como cobertura de solo. Pode também ser pendurada num recipiente, com a folhagem dourada a cair para todos os lados, onde ocupará rapidamente o espaço à sua volta causando um efeito muito interessante.
 
Estas plantas quando cuidadas devidamente, garantem um aspeto sempre novo ao seu jardim. Porém, se deixadas crescer sem manutenção adequada, tanto em vasos como no solo, facilmente terão um aspeto descuidado e pouco atrativo.