Violeta Africana (Saintpaulia)
Nome Comum: violeta do Japão, Violeta
Nome Comum: violeta do Japão, Violeta
Familia: Gesneriaceae
Descrição:
Pequena planta de folhas aveludadas com formato de coração, agrupadas em torno de um centro do qual nascem caules curtos, verticais e tenros, de onde nascem as flores. De cores variadas (azul, rosa, branca, púrpura ou vermelha), as flores da Violeta Africana podem durar todo o ano, desde que a planta esteja numa localização que tenha as condições ideais abaixo indicadas. As flores têm 5 pétalas podendo ser dobradas, multicoloridas, frisadas ou com mais de uma cor na mesma planta, ou ainda com pétalas sobrepostas.
Origem:
A Violeta Africana – da qual existem entre 6 a 20 espécies – é nativa de um pequena região montanhosa da Tânzania, ao longo dos vales húmidos tropicais daquele país da costa oriental da África situado a norte de Moçambique, junto a terrenos rochosos ou sob árvores.
A Violeta Africana – da qual existem entre 6 a 20 espécies – é nativa de um pequena região montanhosa da Tânzania, ao longo dos vales húmidos tropicais daquele país da costa oriental da África situado a norte de Moçambique, junto a terrenos rochosos ou sob árvores.
As Violetas Africanas são certamente
das plantas domesticamente mais utilizadas em todo o mundo, sobretudo devido à
beleza das flores e ao contraste com o verde escuro das folhas. Porém, por mais
atraentes que sejam têm também truques para se obter um melhor resultado.
Luz:
É
um dos segredos que leva a maximizar o tempo de floração desta planta: para se conseguir
flores durante praticamente todo o ano, a Violeta Africana sendo originária de uma zona perto do Equador onde praticamente não há estações e os dias dividem-se em 12 horas com sol e 12 horas sem sol, precisa de um mínimo
diário de 12 horas de luz solar indireta, nunca debaixo de raios fortes. Se tiver 14 horas melhor ainda. Portanto,
coloque-a junto a uma janela virada a sudeste ou a sudoeste, afastada do vidro
e sem exposição aos raios solares e a sua planta está pronta para florir
de forma praticamente contínua.
No verão convém afastá-la um pouco da
janela durante o período mais quente da tarde e no inverno deve ser posta num
local com muito sol todo o dia. Se não for possível no inverno proporcionar-lhe
as horas de sol necessárias, pode colocar-se o vaso sob uma lâmpada com 5000
lux de modo a completar as 12 horas mínimas que a planta requer para florir.
Se as folhas começarem a aparecer
finas e escuras, então é sinal de que a luz que recebe é insuficiente. Os
caules das folhas ficam também mais compridos e finos, um sinal de que a planta
procura mais luz.
Humidade:
Regue com frequência o solo de maneira
uniforme mas não em abundância, porque com água a mais a planta morre. O vaso
deve ter saídas para o excesso de água que tem de ser escorrida meia hora após cada
rega para não acumular. Também não convém deixar secar o solo, daí ser
aconselhável regar pouco todos os dias se possível. O truque é tocar na
superfície do solo com o dedo e se estiver seca deve regar.
Rega-se a partir de cima e em quantidade
razoável, para que os sais minerais acumulados desçam e a prazo sejam
arrastados do solo. Mas nunca em cima das folhas, sobretudo porque se a água não
estiver a uma temperatura correta, a folhas ressentir-se-ão. Por isso é mais
seguro regar apenas o solo de cima para baixo e sem excessos. Também há quem coloque uma espécie de pavio em tecido sintético tipo microfibra, uma tira fina e longa que se introduz pela base num dos buracos do vaso até quase à superfície do substrato. A ponta que fica dentro de água leva a humidade para cima, sem afogar as raízes, mas mantendo-as sempre com a necessária humidade para alimentar a planta. O vaso nunca fica dentro de água para que as raízes não apodreçam.
Outro segredo é a temperatura da água,
que tem de ser igual à temperatura ambiente do local onde o vaso se encontra
pois a água fria fará a planta sofrer. A qualidade da água também é importante,
convém que seja macia, de preferência água da chuva ou água desmineralizada,
nunca calcária ou dura. Regue apenas o solo e não em cima das flores ou das
folhas.
Como a Violeta Africana gosta de muita
humidade também é uma boa solução colocar o vaso sobre um prato ou tabuleiro
com seixos, deitando um pouco de água abaixo do nível dos seixos para que
evapore lentamente mantendo o ar à volta da planta constantemente húmido. É por
esta razão que casas de banho e cozinhas são locais onde as plantas se dão
particularmente bem devido à maior humidade do ar, isto desde que o número de
horas de luz também seja suficiente. Uma casa de banho ou uma cozinha frias e escuras
não servirão. Lembre-se, a base do vaso não pode ficar nunca em contato com a
água!
Fertilização:
A
Violeta Africana é fertilizada todas as vezes que for regada, se tiver muita luz pode
ser ao longo de todo o ano, utilizando-se preferencialmente um fertilizante
líquido com elevado teor de potássio (K) e fosfato (P). Na série NPK significa
que o primeiro algarismo (azoto) deve ser mais pequeno que os dois seguintes. Um
fertilizante rico em azoto apenas fará com que as folhas cresçam mais, mais
verdes e em maior número, em detrimento das flores que dependem mais dos níveis
de fósforo ou potássio. A melhor dose de fertilizante contudo deve ser baixa,
recomendando-se a redução da dose recomendada na embalagem para menos de metade,
porque é suficiente para este tipo de planta.
Resistência:
Não resiste em locais com temperaturas
abaixo dos 16ºC. A temperatura ideal é entre 17º-18ºC de noite e 22º-24ºC de
dia, sempre com muita humidade como referido. Normalmente dão-se bem onde os seres humanos também se sentem confortáveis, ou seja, numa habitação com temperaturas moderadas. Evidenciam sinais de stress
quando sujeitas a súbitas mudanças de temperatura ambiente e sofrem quando
colocadas junto a uma janela fria. São portanto plantas sensíveis à
temperatura, seja ela do ambiente ou da água. Se as folhas enrolarem pode ser
sinal de frio excessivo. Se ficarem moles e com poucas flores, a temperatura
estará porventura demasiado alta e/ou a humidade baixa. Para manter os aspeto equilibrado das rosetas podem tirar-se as folhas inferiores e mais escuras a toda à volta, procurando arrancá-las cuidadosamente com os dedos puxando lateralmente e deixando uma roseta central apenas com folhas novas. As folhas retiradas podem servir para propagar novas plantas, se forem saudáveis, conforme abaixo se refere.
Substrato:
Preferem um substrato bem poroso que pode ser uma mistura de substrato para catos à qual se junta em partes iguais areia de construção (sem sal, portanto) e perlite para manter alguma humidade sem sufocar as raízes. Tudo bem misturado e colocado no vaso sem calcar, por forma ficar bem soltinho.
Propagação:
Muito fácil, a partir de uma folha sã,
corta-se o pecíolo junto ao caule principal com os dedos, um pouco abaixo do início da folha e mergulha-se este
pézinho em pó para criar raízes (à venda nas floristas) ou se não se tiver este
facilitador, planta-se apenas a folha num vaso com uma mistura conforme descrito acima, cobre-se com um
plástico transparente que colosa-se num local onde a temperatura esteja entre os 24º e os 26ºC. Pode cortar-se um pouco da folha plantada para ajudar a criar novas raízes e a ficar equilibrada no novo vaso que deve ser pequeno. As novas folhinhas aparecerão no espaço de duas ou três semanas, nessa altura corta-se a folha mais
velha e planta-se os filhotes num vaso não muito grande, em geral 3 a 5 novas mudas reproduzir-se-ão em cada folha plantada. Também é
possível reproduzir a partir de uma folha cujo pé se coloca dentro de um
recipiente com água, a qual se vai acrescentando com água nova à medida que
evapora mas este processo leva mais tempo a germinar raízes novas e nem empre resulta.
Aplicações:
Em Portugal a Violeta Africana é uma planta de interior em virtude do clima não ser tropical. Preferem ter as raízes mais juntas por isso os vasos não devem ser grandes e dão-se melhor nos vasos de plástico do que nos de barro. Mudam-se de dois em dois anos para novos vasos com terra/substrato novo, mantendo a dimensão pequena do vaso proporcional ao tamanho da planta.
Em Portugal a Violeta Africana é uma planta de interior em virtude do clima não ser tropical. Preferem ter as raízes mais juntas por isso os vasos não devem ser grandes e dão-se melhor nos vasos de plástico do que nos de barro. Mudam-se de dois em dois anos para novos vasos com terra/substrato novo, mantendo a dimensão pequena do vaso proporcional ao tamanho da planta.