Descrição:
Os verdadeiros conhecedores são estudiosos profundos desta
espécie botânica considerada por muitos como a rainha das flores. Aqui
trataremos apenas dos aspetos principais da cultura de uma roseira, independentemente
da espécie, do tipo, se é antiga ou moderna, brava, arbustiva, de trepar, de
canteiro, híbrida ou de caules eretos. Ficaremos a conhecer os principais
traços que nos permitirão cultivar uma roseira, sem preocupações de maior. Para
essa finalidade, basta conhecer algumas práticas essenciais. Mas se se
pretender mais do que ter uma roseira, por puro gosto e prazer, então será
necessário estudar cada espécie de per si,
pois na realidade cada planta tem exigências próprias. Existe aliás muita informação tanto on line como publicada em livros sobre esta matéria.

Do cruzamento das chamadas rosas antigas europeias com rosas provenientes da China no século XVIII, resultaram muitas das espécies que hoje existem na floricultura moderna. No mercado encontram-se para venda plantas com ou sem torrão junto das raízes. No primeiro caso basta abrir um buraco no local definitivo onde se pretende colocar a roseira, regar primeiro para que as raízes encontrem humidade durante os primeiros dias da plantação, colocar o torrão ao centro alinhando a superfície para que o torrão fique todo enterrado e tapar com solo de preferência já preparado para jardim.
No caso de não existir torrão junto da
raíz a roseira chama-se de raíz nua e requer um pouco mais de atenção, porque
corre o risco de secar se não for devidamente tratada. Neste caso, convém
colocar a raíz dentro de um balde com água duas horas antes de ser plantada,
preparar o buraco colocando turfa e terra de jardim no fundo, segurando o caule
e puxando um pouco para cima antes de encher o buraco com mais terra que se
calca com cuidado para que não subsistam bolhas de ar. Rega-se abundantemente.
A melhor época para plantar uma
roseira é no início da primavera, entre março e abril, ou então entre outubro e
novembro, principalmente se for uma roseira de raíz nua. A planta não necessita
de adubo nesta fase, apenas quando começarem a surgir os primeiros rebentos verdes avermelhados com novas folhinhas,
ou seja, quando as raízes se fortalecerem e começarem a desenvolver.
Depois de plantada, é provável
que a planta esteja um ano sem florir. Se porém der flor no mesmo ano, convém providenciar
algum fertilizante orgânico, que deve ser colocado em volta do caule principal,
sem tocar no mesmo.
Como as roseiras precisam em geral de pouca humidade nas
raízes, basta regar quando estiver muito calor e sempre junto ao solo – nunca nas
folhas e flores – de preferência de manhã ou à tarde. Água a mais e humidade
nas folhas pode contribuir para o surgimento de pestes e doenças, por isso
evite deixar uma planta na sombra e com água ao fim do dia, pois é um convite
para a proliferação de maleitas diversas.
Luz:
As roseiras são grandes amantes de sol e calor, embora devam ser protegidas do calor
em excesso que pode queimar as folhas e mesmo as flores, sobretudo se estas estiverem
molhadas durante as regas.
Humidade: Como já foi referido, em geral as roseiras não apreciam humidade a mais, indo buscar a água de que necessitam através das raízes de profundidade e não à superfície.
Humidade: Como já foi referido, em geral as roseiras não apreciam humidade a mais, indo buscar a água de que necessitam através das raízes de profundidade e não à superfície.
Apenas as roseiras recém plantadas pedem um cuidado especial nos
primeiros tempos, enquanto se desenvolvem, podendo ser regadas nessa altura com
mais frequência. Ao longo do ano eliminam-se as ervas daninhas que se vão
encostando ao caule principal. Pode-se fazê-lo com um pequeno sacho ou enxada,
tendo o cuidado de não ferir o caule. Cava-se ligeiramente de tempos a tempos
para arejar a camada superior do solo. Se começarem a nascer rebentos laterais
junto ao caule principal, retiram-se o mais abaixo do solo possível, pois são “ladrões”
que roubarão à planta o vigor essencial.
Resistência:
Dependendo das espécies, as
roseiras não carecem de grandes cuidados, exceto aqueles já referidos quanto ao
sol e à humidade nas folhas. Por vezes são susceptíveis aos ácaros e a
cochonilhas, podendo tentar-se inicialmente afastá-los com uma mangueirada
forte numa manhã de sol e se não resultar, trata-se com produtos adequados para
esse fim à venda nos centros de jardinagem.
De realçar que estas maleitas só
surgem se a planta não tiver os cuidados essenciais de tratamento, ou seja, se
não tiver solo adequado, rega em quantidade certa, adubagem na época própia e
sol na medida exata. As pragas e doenças resultam sempre de desequilíbrios na
envolvente da planta, pelo que se possível deve evitar-se chegar ao ponto de
ter que aplicar químicos, tratando a planta de forma adequada ao longo de todo
o ano.
Propagação:
A roseira é uma daquelas plantas
que beneficia grandemente se for podada todos os anos. Quando? A poda principal
deve ser feita na primavera, por volta de março ou abril. Para isso
existe um sinal inequívoco: quando os botões começam a brotar na parte inferior
da planta, está na altura de podar! A poda faz-se de fora para dentro,
retirando todos os caules secos e mortos no ponto mais perto do solo possível,
ou se forem laterais, quando partem do caule principal. Comece pelos caules
exteriores, procure localizar o primeiro nódulo (argola) entumescido do caule
contando do chão, corte em oblíquo um centímetro acima de modo a que a parte mais
baixa fique para o lado de fora da planta permitindo que a água que cair nesse
corte escorra para o chão, eliminando a acumulação de humidade que pode dar
lugar a doenças.
Nesse mesmo caule corte todos os ramos laterais finos e secos.
Corte também os ramos que estejam a crescer para o lado de dentro da roseira,
pois formarão um emaranhado desajeitado e contra produtivo, não permitindo o
arejamento interior necessário. Repita este procedimento em cada um dos caules
que a planta tenha, ficando no final com um “esqueleto” curto e baixo, embora
com troncos verdes e tenros, dos quais brotarão em breve novos rebentos, naquilo
que constitui um despertar induzido pela poda realizada. Com o tempo e
experiência aprenderá a realizar melhor a
poda, que aliás difere de planta para planta, mas que é indispensável para
obter uma planta equilibrada, sem hastes longas e desagradáveis, providenciando
ainda uma melhor e mais abundante floração. Os rebentos devem crescer para fora,
portanto elimine tudo o que seja crescimento para dentro da planta ou
cruzamentos de ramos interiores.

Existem roseiras trepadeiras, ótimas para dar sombra em pátios,
junto a uma parede, muro ou alpendre, roseiras isoladas em canteiro ou vaso, com
grandes flores, perfumadas ou não, rosinhas pequenas, bravas e híbridas. A
escolha do tipo depende do local onde se pretende ter a roseira, se existe luz
suficiente, calor e sol, e por essa razão convirá estudar as opções de plantas existentes
no mercado antes de se decidir por uma das espécies disponíveis. Na verdade,
alguma espécies são mais resistentes do que outras e consequentemente mantê-las
saudáveis dará menos trabalho. Leia a embalagem, verifique se a origem é
credível e certifique-se de que o produto que adquire corresponde ao que
pretende para o local pretendido.

Características:
Características:
As roseiras beneficiam da eliminação dos botões
secos, depois da floração, pois este procedimento evita a formação de novas sementes
e estimula a produção de mais flores durante a mesma estação, como se o "instinto" de procriação de sementes da planta a levasse a produzir mais flores e por via delas, mais sementes. Apenas nas
roseiras de grandes frutos se evita retirar os botões secos, porque crescendo, eles são
tão vistosos que se deixam na roseira
por uma questão estética ou se retiram apenas para completar bouquês destinados a flores de corte.