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abril 20, 2019

VERBENA X Híbrida


Nome Comum: Verbena de jardim

Familia: Verbenaceae (verbena or vervain Family)

Descrição:

 Os híbridos de Verbena são na sua maioria perenes, mas muitas vezes cultivam-se como plantas anuais no jardim, substituindo-se todos os anos por novas mudas. Mais adiante explicamos a razão deste procedimento.
Existe uma variedade grande de formas, cores e tamanhos de Verbenas, algumas são do tipo arbustivo, porque crescem em altura, enquanto outras têm a forma de um tapete rente ao chão, crescendo para os lados com poucos centímetros de altura como se fosse um revestimento do solo. Ainda um terceiro tipo é mais denso e compacto, havendo ainda Verbenas que alastram para os lados de forma esparsa.
As flores individuais são pequenas e agrupam-se em cachos com diâmetros de cerca de 7,5 cms. Estes cachos de flores podem ser circulares achatados ou em forma de pirâmide. A corola das flores pode ter cores variadas, entre o branco, rosa, laranja, vermelho, roxo, azul e amarelo, e por regra cada flor tem um centro de cor branca.
Algumas Verbenas são aromáticas e em geral o seu período de floração dura todo o verão e outono. As variedades de trepar vão desde os 30 aos 60 cms, e as variedades não trepadeiras podem atingir 45 cms.

Origem:

As Verbenas X hybridas, ou Verbenas de jardim, são um produto de cultura em laboratório não se encontrando por isso nativas na natureza. Há variedades nativas mas não são tão viáveis na jardinagem doméstica.

Cultura aconselhada:

Luz: Necessitam de ser plantadas em local muito luminoso, com incidência mínima solar de 6 a 8 horas, isto quer estejam plantadas no solo ou num vaso. Contudo no pino do verão e num local onde faça muito calor, as Verbenas apreciam um pouco mais de sombra, sendo para isso desejável colocá-las sob ramos de árvores.

Humidade: A Verbena de Jardim prefere um solo moderadamente fértil e muito bem drenado, apreciando uma rega regular mas não excessiva, da mesma maneira que se faz com os relvados: não regar em muita quantidade de cada vez, mas o suficiente para permitir um solo que nunca seque completamente.

 Resistência: Em Portugal, excepto nas zonas onde possa haver geada nocturna, a Verbena é cultivada como planta perene. Se estiverem plantadas num contentor, num vaso ou num cesto de pendurar, podem ser trazidas para um local protegido dentro de casa ou duma garagem onde haja alguma luz. Não irão florescer durante esse tempo, mas manter-se-ão verdes até à primavera.
Por outro lado, também em locais excessivamente quentes as plantas podem deixar de florir, mas reavivam quando as temperaturas baixam um pouco na época seguinte. É difícil uma Verbena morrer de vez, apenas quando a raiz sofre com algum mau trato ela deixa de reaparecer na época seguinte ou quando se partem todos os ramos por acidente. Mas há forma de evitar que isto aconteça, como se indica mais adiante. Nos casos de desaparecimento definitivo de uma planta, pode aproveitar mudas de outros pés que tenha porque são fáceis de propagar.

Fertilização:

As Verbenas necessitam apenas de ligeira fertilização, pois se forem excessivamente fertilizadas produzem mais folhas do que flores. Respondem muito bem à constante limpeza de folhas e flores secas e velhas. É mesmo essencial limpar cada planta à medida que vai florindo, porque caso comece a produzir sementes, irá paulatinamente deixando de florir, pois a mensagem que recebe da natureza é para parar com a produção de flor e começar a produzir sementes. Assim, há que fazer o corte das pontas floridas mais antigas, mesmo se ainda tiverem algumas flores, porque no espaço de alguns dias a planta volta a encher-se de novos cachos de flores.
Há quem defenda que o segredo de uma planta sempre florida é continuar a “podar” sistematicamente cada planta ao longo de toda a época, mesmo que isso implique a remoção de partes da planta com alguma regularidade, caso ela cresça demais. Pode-se sempre tentar propagar os ramos que se cortam, para obter novas plantas...

Por exemplo, se notar que a formação de flores começa a diminuir, experimente podar a planta até um quarto do seu tamanho, e em geral dentro de duas a três semanas ela voltará a florir em força. Neste caso, fertilize ligeiramente o solo em volta da raiz após ter podado e regue bem. Repita este passo regularmente quando começar a entender melhor como se comporta a sua Verbena.

Propagação: Pode semear-se no outono ou início da primavera para que o desenvolvimento se dê durante todo o verão e outono. Mas é mais difícil semear do que obter divisões de uma planta já existente através de cortes específicos nas guias que entretanto se desenvolveram numa planta adulta, desde que se deixe ficar um conjunto de folhinhas e os dois troncos laterais de cada lado. Debaixo das folhinhas, quando enterradas e bem regadas, muito rapidamente principiarão a crescer novas raízes.

Aplicações:

Como existem muitas variedades de Verbenas, existem também espécies que se adaptam melhor a canteiros, outras a vasos de varanda, outras a floreiras de janelas, a cestos de pendurar ou mesmo a bordaduras de caminhos. O período de floração é em geral muito longo, permitindo ter um jardim cheio de cor praticamente durante todo o ano.
As variedades trepadeiras são excelentes em cestos de pendurar ou em treliças junto a muros. Para cobertura de áreas grandes no solo, plante em maciços da mesma cor e espécie, dão um aspecto muito bonito a esses recantos desde que o sol as ajude a florir.

Características:

Se pretender que a sua Verbena ganhe um aspecto mais redondo e arbustivo, sacrifique a primeira floração, cortando os rebentos novos sem dó nem piedade, para que surjam constantemente mais folhas e a planta se desenvolva numa forma mais compacta e não alastre demasiado com as habituais guias para os lados. Com esta prática o aspecto geral da planta melhora bastante, embora demore um pouco mais a florir. A partir daqui siga os conselhos referidos acima, em cultura e fertilização.

setembro 16, 2015

OSTEOSPERMUM "Buttermilk"


Nome Comum: Margarida Africana
FAMÍLIA: Asteraceae
 
Descrição:
Arbusto perene com 50 cm de altura, folhas ovaladas e flores semelhantes às do malmequer que chegam a atingir 7 cm de diâmetro, possuem um centro escuro com pétalas de cor amarelo claro que vão escurecendo até ficarem com uma coroa mais escura nos extremos.
 
Origem: São plantas nativas da África do Sul.
 
Cultura: Solo moderamente fértil e bem drenado. Fertilizar regularmente com NPK 10-10-10 ou adubo líquido, numa das regas semanais.
 
Luz: aprecia a luz do sol e o calor e é muito resistente ao vento.
 
Humidade: Embora suporte alguma falta de humidade reage muito bem a regas frequentes e de pouca intensidade. Floresce a partir da primavera até ao início do outono.
 

Resistência: Podem ser atacados por afídios e sofrer de ataques de míldio que se combatem com preparados à base de enxofre. Existem no mercado diversos produtos que atacam os afídios e o míldio quando em estado inicial e que são fáceis de aplicar. Não suporta a geada pelo que deve ser colocado em local interior nos invernos mais agrestes ou tapado com uma tela para evitar danos causados pelo frio intenso.

Propagação:
Propaga-se por estacas jovens no final da primavera ou por estacas mais maduras no fim do verão. Utilize um fertilizante próprio para enraizar e plante em solo adequado para plantas sensíveis, cubrindo o vaso com um plástico transparente. Coloque em local soalheiro mas não demasiado quente nem com excesso de luz solar. Pode cortar a pontinha da estaca para incentivar o enraizamento e o nascimento de mais folhas.
 
Aplicações:
Utiliza-se em bordaduras de canteiros, a demarcar zonas floridas com arbustos de média dimensão por detrás em contraste, em cestos pendurados ou em vasos junto a escadarias, floreiras de janelas e varandas. Este arbusto não necessita de ser podado, mantendo-se harmonioso ao longo do ano quando bem cuidado apenas beneficiando da retirada das flores à medida que vão secando, dando lugar a novas flores. Se se pretender dar um formato específico pode ser cortado o que dará origem a novo e robusto crescimento.
 

Características:
É um arbusto pequeno mas muito alegre e fácil de cuidar. Chega a ter tantas flores que mal se vêem as pequenas folhas de cor verde escuro. Existem outras variedades de Osteospermum muito semelhantes no tipo de cultura, cujas cores vão do branco azulado ao roxo. Um "must" em qualquer jardim quer seja de cidade ou no campo!
 

 
 
 

maio 26, 2015

GARDÉNIA

Gardenia augusta
Nome comum: Gardénia, Jasmim do Cabo
Familia: Rubiaceae
Descrição:
É um arbusto muito vistoso de cor verde escura, altura média (1,8 a 2,4 m) e folhas macias e tenras, brilhantes e colocadas de forma oposta ao longo do caule. Uma gardénia adulta tem um formato arredondado e uma massa mediana. A primeira floração surge em meados da primavera e dura até ao início do verão, mantendo-se em vagas sucessivas durante um longo período. As flores são brancas, passando a um amarelo creme à medida que envelhecem e caem. Ao toque parecem ser de cera. O perfume, a sua característica mais importante, é muito forte e adocicado ao ponto de encher toda uma sala. No verão com a brisa quente o aroma espalha-se pelo jardim, para delícia de quem se encontra por perto.
 
Existem cultivares muito distintos da planta original mais comum, especialmente uma versão prostrada com folhas muito escuras que fazem as vezes de uma magnífica cobertura de solo, desde que protegida sob sombra parcial e fresca. Este cultivar da gardénia “Prostata” cresce apenas de 60 a 90 cm em altura e espalha-se horizontalmente, dando flores mais pequenas do que as da espécie original, mas igualmente muito perfumadas. 
Localização:
É nativa da China, de Taiwan, do Japão e de outras regiões asiáticas de clima sub tropical e o nome comum de Jasmim do Cabo deve-se à errada assunção de que seria proveniente do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. Em climas frios é utilizada dentro de casa.
 
Cultura:
O solo deve ser ácido, de preferência húmido e rico em matéria orgânica, mas bem drenado. Existem poucos arbustos que sejam tão perfeitos, bonitos e perfumados como a gardénia, que possui um conjunto de características agradáveis e atraentes, mas existe um senão: são muito susceptíveis ao ataque de pestes, especialmente de insectos que lhes sugam a seiva. Nestes casos, nuvens de moscas brancas ou de insectos voadores invadem o arbusto, deixando os seus ovos, que se transformam mais tarde em larvas que sugam o caule matando a planta. Os resíduos destas larvas proporcionam matéria favorável ao desenvolvimento de um fungo fuliginoso, dando à folhagem um aspecto feio, baço, com manchas negras. Para além da mosca branca há outros insectos que atacam o arbusto da gardénia, mas felizmente qualquer destas pestes são facilmente controladas pela aplicação de uma dose de sabão neutro e sprays de óleo vegetal ou mineral. Os arbustos devem ser protegidos com tela em caso de geada forte.
 
Luz: Sol ou sombra parcial.
Humidade: Solo medianamente húmido.
Resistência: Zonas 8 a 10 (do sistema Americano).
 
Propagação: Por estacas que facilmente criam raiz em solo húmido, especialmente nos meses quentes de verão. A aplicação de um fertilizante próprio para este efeito facilita o arranque das raízes.
 





Utilização:
Fazem belas sebes em locais onde a floração e o seu aroma possam ser apreciados, sendo desejável que exista boa circulação de ar, que evitará o aparecimento das pestes já citadas. As suas flores muito aromáticas e a folhagem verde escura fazem da gardénia um dos arbustos mais apreciados nos jardins públicos e privados desde tempos coloniais.

março 31, 2015

ROSA de JARDIM

Familia: Rosaceae
 
Descrição:
 
Os verdadeiros conhecedores são estudiosos profundos desta espécie botânica considerada por muitos como a rainha das flores. Aqui trataremos apenas dos aspetos principais da cultura de uma roseira, independentemente da espécie, do tipo, se é antiga ou moderna, brava, arbustiva, de trepar, de canteiro, híbrida ou de caules eretos. Ficaremos a conhecer os principais traços que nos permitirão cultivar uma roseira, sem preocupações de maior. Para essa finalidade, basta conhecer algumas práticas essenciais. Mas se se pretender mais do que ter uma roseira, por puro gosto e prazer, então será necessário estudar cada espécie de per si, pois na realidade cada planta tem exigências próprias. Existe aliás muita informação tanto on line como publicada em livros sobre esta matéria.
 
Origem:
Do cruzamento das chamadas rosas antigas europeias com rosas provenientes da China no século XVIII, resultaram muitas das espécies que hoje existem na floricultura moderna. No mercado encontram-se para venda plantas com ou sem torrão junto das raízes. No primeiro caso basta abrir um buraco no local definitivo onde se pretende colocar a roseira, regar primeiro para que as raízes encontrem humidade durante os primeiros dias da plantação, colocar o torrão ao centro alinhando a superfície para que o torrão fique todo enterrado e tapar com solo de preferência já preparado para jardim.
 
No caso de não existir torrão junto da raíz a roseira chama-se de raíz nua e requer um pouco mais de atenção, porque corre o risco de secar se não for devidamente tratada. Neste caso, convém colocar a raíz dentro de um balde com água duas horas antes de ser plantada, preparar o buraco colocando turfa e terra de jardim no fundo, segurando o caule e puxando um pouco para cima antes de encher o buraco com mais terra que se calca com cuidado para que não subsistam bolhas de ar. Rega-se abundantemente.
 
Cultura:
A melhor época para plantar uma roseira é no início da primavera, entre março e abril, ou então entre outubro e novembro, principalmente se for uma roseira de raíz nua. A planta não necessita de adubo nesta fase, apenas quando começarem a surgir os primeiros rebentos verdes avermelhados com novas folhinhas, ou seja, quando as raízes se fortalecerem e começarem a desenvolver.
 
Depois de plantada, é provável que a planta esteja um ano sem florir. Se porém der flor no mesmo ano, convém providenciar algum fertilizante orgânico, que deve ser colocado em volta do caule principal, sem tocar no mesmo.
 
Como as roseiras precisam em geral de pouca humidade nas raízes, basta regar quando estiver muito calor e sempre junto ao solo – nunca nas folhas e flores – de preferência de manhã ou à tarde. Água a mais e humidade nas folhas pode contribuir para o surgimento de pestes e doenças, por isso evite deixar uma planta na sombra e com água ao fim do dia, pois é um convite para a proliferação de maleitas diversas.
 
Caso utilize adubo químico, certifique-se que o solo foi previamente regado e proceda ainda a uma rega após a fertilização, evitando queimaduras devido a eventuais excessos do produto junto ao caule e também para que os nutrientes atuem mais depressa. A partir do verão – de julho a setembro – não se aplica qualquer adubo.

Luz: As roseiras são grandes amantes de sol e calor, embora devam ser protegidas do calor em excesso que pode queimar as folhas e mesmo as flores, sobretudo se estas estiverem molhadas durante as regas.

Humidade: Como já foi referido, em geral as roseiras não apreciam humidade a mais, indo buscar a água de que necessitam através das raízes de profundidade e não à superfície.

Apenas as roseiras recém plantadas pedem um cuidado especial nos primeiros tempos, enquanto se desenvolvem, podendo ser regadas nessa altura com mais frequência. Ao longo do ano eliminam-se as ervas daninhas que se vão encostando ao caule principal. Pode-se fazê-lo com um pequeno sacho ou enxada, tendo o cuidado de não ferir o caule. Cava-se ligeiramente de tempos a tempos para arejar a camada superior do solo. Se começarem a nascer rebentos laterais junto ao caule principal, retiram-se o mais abaixo do solo possível, pois são “ladrões” que roubarão à planta o vigor essencial.

Resistência:
Dependendo das espécies, as roseiras não carecem de grandes cuidados, exceto aqueles já referidos quanto ao sol e à humidade nas folhas. Por vezes são susceptíveis aos ácaros e a cochonilhas, podendo tentar-se inicialmente afastá-los com uma mangueirada forte numa manhã de sol e se não resultar, trata-se com produtos adequados para esse fim à venda nos centros de jardinagem.
 

De realçar que estas maleitas só surgem se a planta não tiver os cuidados essenciais de tratamento, ou seja, se não tiver solo adequado, rega em quantidade certa, adubagem na época própia e sol na medida exata. As pragas e doenças resultam sempre de desequilíbrios na envolvente da planta, pelo que se possível deve evitar-se chegar ao ponto de ter que aplicar químicos, tratando a planta de forma adequada ao longo de todo o ano.

Propagação:
A roseira é uma daquelas plantas que beneficia grandemente se for podada todos os anos. Quando? A poda principal deve ser feita na primavera, por volta de março ou abril. Para isso existe um sinal inequívoco: quando os botões começam a brotar na parte inferior da planta, está na altura de podar! A poda faz-se de fora para dentro, retirando todos os caules secos e mortos no ponto mais perto do solo possível, ou se forem laterais, quando partem do caule principal. Comece pelos caules exteriores, procure localizar o primeiro nódulo (argola) entumescido do caule contando do chão, corte em oblíquo um centímetro acima de modo a que a parte mais baixa fique para o lado de fora da planta permitindo que a água que cair nesse corte escorra para o chão, eliminando a acumulação de humidade que pode dar lugar a doenças.  

Nesse mesmo caule corte todos os ramos laterais finos e secos. Corte também os ramos que estejam a crescer para o lado de dentro da roseira, pois formarão um emaranhado desajeitado e contra produtivo, não permitindo o arejamento interior necessário. Repita este procedimento em cada um dos caules que a planta tenha, ficando no final com um “esqueleto” curto e baixo, embora com troncos verdes e tenros, dos quais brotarão em breve novos rebentos, naquilo que constitui um despertar induzido pela poda realizada. Com o tempo e experiência aprenderá a realizar melhor a poda, que aliás difere de planta para planta, mas que é indispensável para obter uma planta equilibrada, sem hastes longas e desagradáveis, providenciando ainda uma melhor e mais abundante floração. Os rebentos devem crescer para fora, portanto elimine tudo o que seja crescimento para dentro da planta ou cruzamentos de ramos interiores.
 
Aplicações:
Existem roseiras trepadeiras, ótimas para dar sombra em pátios, junto a uma parede, muro ou alpendre, roseiras isoladas em canteiro ou vaso, com grandes flores, perfumadas ou não, rosinhas pequenas, bravas e híbridas. A escolha do tipo depende do local onde se pretende ter a roseira, se existe luz suficiente, calor e sol, e por essa razão convirá estudar as opções de plantas existentes no mercado antes de se decidir por uma das espécies disponíveis. Na verdade, alguma espécies são mais resistentes do que outras e consequentemente mantê-las saudáveis dará menos trabalho. Leia a embalagem, verifique se a origem é credível e certifique-se de que o produto que adquire corresponde ao que pretende para o local pretendido.

Características:
As roseiras beneficiam da eliminação dos botões secos, depois da floração, pois este procedimento evita a formação de novas sementes e estimula a produção de mais flores durante a mesma estação, como se o "instinto" de procriação de sementes da planta a levasse a produzir mais flores e por via delas, mais sementes. Apenas nas roseiras de grandes frutos se evita retirar os botões secos, porque crescendo, eles são tão vistosos que se deixam na roseira por uma questão estética ou se retiram apenas para completar bouquês destinados a flores de corte.
 

março 09, 2015

ABÓBORA

Família: Cucurbitaceae
Nome comum: Abóbora
Outras variedades: Curgetes, abóbora menina, abóbora de inverno, abóbora de verão



Descrição:
A abóbora, a curgete e outros tipos de vegetais desta família como o pepino, pertencem ao grupo das cucurbitáceas que se caracterizam por produzir frutos com polpa abundante e se cultivam por regra no exterior. Também podem ser cultivadas em varandas ou em "mesas" próprias, mas deve ter-se em conta o facto de que a planta se "estende" por uma área considerável e portanto necessita de espaço, tanto em profundidade como em comprimento. As folhas são largas e por vezes desenvolvem gavinhas como as trepadeiras, avançando no terreno à sua volta. São plantas anuais que se desenvolvem em todo o espaço disponível, podendo ganhar raízes novas se os caules tocarem no solo, desenvolvendo-se um novo pé. Em todo o seu comprimento podem atingir de 3 a 9 metros.
Existem abóboras de inverno e de verão, consoante a época de colheita pretendida. Em geral, as abóboras de verão têm casca mole - são as curgetes, os pepinos, as abóboras mais pequenas - e as de casca dura que se colhem no outono e podem ser armazenadas durante vários meses sem se estragar. São um verdadeiro milagre na cozinha, quando já quase nada mais cresce na horta devido ao tempo chuvoso e frio e elas se mantêm com a polpa fresca e sumarenta no armário.

Origem:
Há cerca de 27 espécies de cucurbita, todas elas com origem no continente americano. Destas quatro são hoje em dia as mais utilizadas na produção de abóboras (e outras variedades) em todo o mundo. 

 
Cultura:
Nas abóboras as flores dividem-se em flores masculinas e femininas na mesma planta. As flores masculinas podem ser utilizadas na cozinha, estufadas, recheadas com queijo ou mesmo cruas em saladas, mas nunca se devem retirar todas as folhas masculinas da planta para que a fertilização das flores femininas, através dos insetos que as visitam, possa ter lugar. Há quem pincele suavemente os estames das flores femininas com pólen das flores masculinas para ajudar neste processo de produção do fruto. Este nasce da flor feminina que se diferencia da masculina justamente por ter no seu caule um pequeno fruto que é facilmente identificável quase desde o início da floração.
Em geral uma planta produz primeiro as flores masculinas e só um pouco mais tarde surgem aquelas que virão a dar fruto. Não retire nenhuma antes de se certificar que a planta produziu suficientes flores femininas ou não nascerá nenhuma abóbora da planta em questão.
Em Portugal é fácil produzir abóboras durante o verão, semeando ou adquirindo mudas pré-cultivadas nos meses de maio e junho. Depois de plantadas no local definitivo as abóboras dão fruto 40 a 60 dias depois, podendo ser colhidas se se pretender utilizá-las ainda antes da casca endurecer. Como produzem com abundância, não há dificuldade em obter grande quantidade de fruto e aliás quanto mais se colhe enquanto ainda é pequena, mais frutos se desenvolvem na mesma planta.
Se se pretender guardar a abóbora para utilizar mais tarde deve deixar-se ganhar volume e casca dura e colher 80 a 140 dias após ter sido plantada, armazenando em local escuro, fresco e seco. Pode congelar-se também, já descascada e utilizar em sopas ou compotas mais tarde.

Luz: As abóboras gostam de muito sol, mesmo muito. Mas também suportam um pouco de sombra se necessário. Trepam pelas árvores que se encontrem por perto, havendo até uma tese de que se dão bem se plantadas em conjunto com feijão e milho.

Humidade: No início da plantação as abóboras devem ser regadas com frequência, mas sem molhar as folhas. Quando já tiverem frutos, coloque-os protegidos do solo em cima de uma telha ou de qualquer outro objeto que evite que a abóbora fique molhada durante a rega para que não apodreça ou ganhe fungos. A boa circulação do ar e a luminosidade ajudam a planta e os frutos a manterem-se saudáveis.
Resistência: Só podem ser plantadas no exterior a partir do momento em que não haja risco de geada, pois não suportam o frio excessivo. Por outro lado suportam muito calor, sendo uma das produções mais fáceis de obter durante o nosso verão em praticamente todo o país. 

Propagação: Propagam-se por sementes plantadas a 5 cm de profundidade em solo fértil e bem solto. O espaçamento entre as sementes é de 1 a 2 m em filas de 2,5 a 3 metros umas das outras. À medida que se vão desenvolvendo, procure encaminhá-las por forma a não se emaranharem umas nas outras dificultando a entrada de luz.
 
 
Aplicações: Dependendo do momento da colheita, as abóboras confecionam-se cruas (abóboras colhidas ainda pequenas e moles, durante o verão) ou cozinhadas em compotas, sopas ou recheadas as flores masculinas, fritas em manteiga ou mesmo juntando-as apenas a uma salada verde. Muitas pessoas utilizam-nas também em decorações rústicas, porque duram muito e algumas espécies são realmente vistosas.

janeiro 06, 2015

ORQUÍDEA PHALAENOPSIS


Nome Comum: Orquídea da Traça
Familia: Orchidacea

Descrição:
A Phalaenopsis é a orquídea melhor conhecida em Portugal, por ser barata e fácil de encontrar em floristas, viveiros e cada vez mais em supermercados. Conhecida como a orquídea da traça pelo formato da flor quando está aberta, a Phalaenopsis é talvez a melhor espécie de orquídea para se ter em casa, por ser muito fácil de cuidar e por florir com abundância, por vezes por mais de uma vez num ano, podendo cada floração durar até 3 meses. Para além disso, as flores são extremamente atraentes, têm cores variadas e possuem um aspeto delicado, sendo por isso muito decorativas.
 

Origem:
Originária de países da Ásia (Filipinas, Indonésia, Malásia, Sumatra, China e Taiwan), encontra o seu habitat natural nas florestas tropicais, em troncos de árvores onde se agarra através das raízes (o que significa que é epífita), protegendo-se por via da folhagem do sol forte e da luminosidade excessiva e beneficiando da humidade própria do ambiente, absolutamente necessária para o seu desenvolvimento saudável. Se pretender plantar a sua orquídea num tronco de árvore, faça-o quando não tem flores e coloque-a no lado onde apanhar menos sol ou mesmo sol nenhum, e no inverno terá de ser protegida com uma "tenda" têxtil para que não apanhe frio em excesso. Em Portugal, talvez só no Algarve se possa ter êxito com este método, porque elas não gostam mesmo nada do frio.

Cultura:
A temperatura ambiente e as condições existentes dentro de casa são por regra suficientes para se poder cultivar uma Phalaenopsis sem problemas, embora seja particularmente importante respeitar o tipo de vaso que deve ser utilizado, a qualidade do meio onde é plantada, a luminosidade a que está sujeita e a quantidade e frequência das regas. O vaso deve ser preferencialmente de plástico transparente, para se poder observar a qualidade das raízes.
Muitas pessoas deitam fora as plantas quando têm apenas folhas, logo após as flores secarem e caírem. As Phalaenopsis duram uma eternidade dentro de casa. Nas plantas mais saudáveis é possível obter novas hastes com flores após a primeira floração, cortando dois centímetros acima do terceiro nó, contado a partir do pé da haste. Na altura própria, em geral um ano depois, irá surgir uma nova haste a partir desse ponto, ou mesmo mais do que uma haste, e dela surgirão flores novas em regra iguais às anteriores. Também há quem corte a haste da flor quando secar rente à folha, para permitir o descanso da planta que assim demorará um pouco mais a dar haste nova, a qual porém virá mais forte. Por esta razão não devem ser rejeitadas as plantas depois de qualquer floração, pois sujeitando-a a uma manutenção adequada ela irá florir de novo, uma e mais vezes, no prazo de um ano e por muitos anos.

Luz:
Estas orquídeas, que como se refere acima existem em florestas tropicais com luz apenas filtrada pela copas das árvores, sob temperaturas quentes e muita humidade ambiente, quando cultivadas dentro de casa apenas exigem que o sol não incida nas folhas diretamente, pois queimam-se facilmente. Desenvolver-se-ão bem no parapeito de uma janela virada a leste, do lado em que nasce o sol quando este ainda está fraco. Suporta também janelas ou locais virados a sul ou a oeste, mais uma vez desde que protegidas dos raios de sol direto.
Em regiões de invernos mais frios e sombrios, é aconselhável colocar junto a uma janela virada a sul, protegida do frio exterior com uma barreira que pode ser uma cortina transparente ou até compensar a luminosidade insuficiente com luz artificial, através de lâmpadas fluorescentes com formato de tubo. Quatro lâmpadas montadas num suporte complementadas por lâmpadas incandescentes colocadas acima das plantas a uma distância de 15 a 30 cm, durante 12 a 16 horas por dia, consoante a duração do ciclo diário natural, ajudarão a manter a Phalaenopsis saudável e fértil. 

Regas:
A rega é particularmente importante e crítica para a sobrevivência da Phalaenopsis! Como não têm orgãos preparados para a reserva de água a não ser as folhas, não podem ser sujeitas a períodos de seca, pois não resistem à falta de humidade. O procedimento correto é mergulhar o vaso com a planta totalmente em água não muito fria sem molhar as folhas e tirá-la ao fim de uma meia hora, deixando escorrer muito bem o excesso de água antes de colocar o vaso no local definitivo. Só se deverá voltar a regar quando a superfície do substrato estiver quase, mas não totalmente, seca. Em locais com verões muito quentes e com baixo grau de humidade, será provavelmente necessário regar dia sim, dia não, mas neste caso basta deitar um pouco de água no substrato e deixar escorrer. Já no inverno e em locais mais frios, bastará fazê-lo de dez em dez dias. Regue apenas de manhã, para permitir que quando chega a noite já está seca, o que evitará manchas negras e podridão das raízes. É proibido regar por cima molhando o centro das folhas, apenas junto ao pé, no substrato, para evitar a podridão do tronco principal, fatal para a vida da planta e nunca, por nunca, deixar acumular água no pratinho por baixo do vaso!
Humidade:
Como já foi referido a humidade é muito importante para a Phalaenopsis, sendo recomendado um grau de humidade ambiente entre os 50 e os 80%. Em climas húmidos ou em estufas controladas, é absolutamente essencial que o ar seja renovado, o que pode ser feito com uma pequena ventoinha num nível fraco e girando levemente. Dentro de casa é aconselhável colocar pedrinhas por baixo dos vasos, para que algum excesso de água não entre em contato com o substrato e por sua vez com as raízes, apodrecendo-as.

Fertilização:
Fertilizar sempre no mesmo dia da semana, especialmente se o tempo estiver quente pois é a época em que estas plantas se desenvolvem mais. A Phalaenopsis gosta de rotinas na fertilização, por isso marque um dia da semana e faça-o sempre nesse dia. Quando se utiliza substrato especial para orquídeas feito com cascas de pinheiro e fibra de coco, utiliza-se um fertilizante com elevado azoto (30-10-10) duas vezes por mês. Nas outras fertilizações, um fertilizante equilibrado (10-10-10) é suficiente. Para obter novas florações é indicado o uso de fertilizante com elevado grau de fósforo (10-30-20).
Em todos estes casos porém, deve aplicar-se apenas metade da dose recomendada na embalagem do fertilizante, devendo ao fim de três sequências de fertilização intervalar com uma rega intensa com o vaso por baixo da torneira, ou dentro de um recipiente com água tépida, para que os sais que possam ter ficado incrustados no substrato possam ser descartados melhorando a qualidade global do meio. No inverno podem reduzir-se as regas para duas vezes ao mês e o fertilizante para ¼ da dose recomendada na embalagem, ou seja, com fraca intensidade.

Resistência:
Em geral as temperaturas ideais para a Phalaenopsis são de 16º C de noite e entre 24º e 29º C (ou mais) durante o dia. Com temperaturas mais elevadas os máximos não devem ultrapassar os 32º a 35º C, porque com tempo quente o sistema vegetativo desenvolve-se mais rapidamente, sendo necessário providenciar renovação sistemática do ar e humidade continuada. Esta opção existe geralmente em pontos de venda onde as estufas são controladas por forma a obter-se as condições ideais para uma mais rápida e abundante floração, simulando o clima tropical.
Para proporcionar a formação das hastes que darão flor é aconselhável manter a planta no outono a temperaturas perto dos 13º C durante algumas semanas. Variação de amplitudes térmicas frequentes e agudas podem traduzir-se na queda dos botões florais antes da sua abertura.

Propagação:
A Phalaenopsis propaga-se através de novos pés que nascem agarradas às hastes (keikis). Retiram-se as novas pequenas plantas apenas quando as raízes têm cerca de 3 a 5 cm, com cuidado para não danificar a planta mãe e transferem-se, de preferência na primavera, logo após a floração, para um novo vaso. O substrato utilizado deve ser poroso por forma a permitir a aereação e a não compressão das raízes. Sendo epífita, as raízes só necessitam do solo para se agarrarem e não devem ficar sufocadas. Uma planta resultante de um keiki demora algum tempo a tornar-se adulta e a dar flores, há que ter paciência e manter todos os cuidados referidos para uma planta adulta.
Habitualmente numa planta madura a mudança do substrato faz-se de dois em dois ou de três em três anos. Em geral quando as raízes se decompõem ficam castanhas ou pretas, sinal de que o substrato está esgotado e que é necessário mudar a planta para outro vaso com novo substrato. É possível deixar mais do que um pé no mesmo vaso, desde que se confirme que as raízes estão vivas e sãs. Este aspeto é reconhecido pela cor das mesmas: se estiverem cinzentas claro ou verdes, estão sãs. Se estiverem pretas, secas e castanhas, estão mortas.
Para substituir o substrato, vira-se o vaso de cabeça para baixo segurando a planta numa mão por cima de uma superfície limpa onde se vai trabalhar. Cortam-se as raízes mortas com cuidado depois de retirado todo o substrato com uma mão, enquanto com a outra se segura na planta, e coloca-se a planta já limpa das raízes velhas noutro vaso com novo substrato. Pode-se puxar pedaços do substrato, cascas e torrões que fiquem agarrados às raízes, desde que se faça com cuidado não danificando as raízes boas que têm em geral a pontinha verde ou cinzenta clara. Quando se coloca a planta no novo vaso, deita-se primeiro metade do substrato, espalham-se as raízes regularmente por cima e cobre-se o resto com mais substrato, tendo o cuidado de calcar para que a planta fique segura (a firmeza é essencial para que a Phalaenopsis se sinta bem dentro do vaso), de modo a que a junção das raízes com as folhas se situe ligeiramente acima da superfície do substrato.
Também há quem molhe bem as raízes  antes de reenvasar, para facilitar a retirada do substrato que irá ser substituído. Em todo o caso não esquecer que água a mais é fatal para esta planta, logo, deixe-a secar um pouco antes de voltar a colocar no sítio definitivo, depois de mudar de vaso e regar de novo. Para as plantas mais pequenas deve utilizar-se um substrato mais fino, enquanto que para as plantas maiores pode utilizar-se um substrato mais graúdo.

As hastes da Phalaenopsis podem ser seguras a um tutor, mas na natureza a planta cresce com as folhas caídas para o solo, a fim de evitar acumulação de humidade no centro das folhas e por essa razão as hastes também caem naturalmente, não necessitando de ser amparadas.