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junho 24, 2007

Alecrim (Rosemarinus officinalis)

Família: Labiatae / Lamiaceae (família da menta)
Nome comum: Alecrim
Outras variedades: R. 'Golden Rain', R. 'Prostratus', R. 'Roseus', R. 'Santa Barbara'

Descrição:
O alecrim é um arbusto lenhoso, de folha perene e cor verde acinzentada. Pode atingir até 1,8 m de altura e 1,2 a 1,5 m de largura, mas também é possível manter-se mais pequeno se for plantado num vaso. As folhas têm forma de agulha e duram todo o ano - mas não resistem ao corte e secam facilmente, caindo e perdendo o aroma.
As flores nascem no Inverno e na Primavera em pequenos grupos de 2 e 3, têm 2,5 cm de comprimento e são azuis muito claras, pontilhando todo o arbusto com pequenos flocos. O aroma emitido quer pelas folhas quando verdes, quer pelas flores, é característico e extraordinariamente agradável, mesmo quando se roça apenas ao de leve esta planta.
Origem:

Originário das regiões do Mediterrâneo, cresce em zonas por vezes muito áridas e secas, em solos rochosos e arenosos, suportando bem o calor e os Invernos menos chuvosos destas regiões.
Cultura:
Desenvolve-se por isso em solos bem drenados, arenosos não muito ricos. Pode ser plantado num vaso, de barro poroso que seca mais rapidamente, onde o solo deve ser pouco rico, semelhante ao dos catos, com uma mistura de terra, areia e perlite. Em solos ácidos torna-se aconselhável acrescentar um pouco de cal em pó todos os anos para o tornar básico.

Luz: Necessita de exposição solar direta durante pelo menos 6 horas por dia.
Humidade: Quando jovem, rega-se de 15 em 15 dias, sem nunca ensopar o vaso. Quando adulto, o alecrim não necessita de qualquer rega, exceto se estiver dentro de casa.
Resistência: Zonas quentes e secas (8 a 10).
Propagação: Fácil de propagar, através de estacas retiradas das pontas de ramos mais tenros que, colocadas dentro de água, criam raízes. Porém, quando as estacas são plantadas num meio obtido a partir de areia e terra limpa, as raízes obtidas são mais fortes e a planta resultante mais resistente. Não se aconselha a propagação através das sementes, por ser muito difícil.
Aplicações: Existe uma grande variedade de aplicações para este arbusto, especialmente no jardim e na horta. Serve de protetor para outras plantas mais sensíveis, quando plantado como barreira ao sol direto, ficando muito bem como sebe numa horta ou num canteiro, com flores pela frente, uma vez que os caules lenhosos são um pouco despidos na parte inferior. Ao longo de um pátio ou de um passeio, o alecrim desprende o seu aroma sem que seja necessário tocar-lhe. Depois da floração, deve ser podado para ganhar maior corpo em detrimento da altura.
O óleo que contém nas folhas e flores é muito volátil (esta a razão de libertar cheiro facilmente) e estimula o fluxo sanguíneo quando esfregado na pele. Uma infusão de folhas frescas na água do banho, estimula e refresca o corpo. É utilizado em Medicina Natural pelos herbanários, que o recomendam pelas suas propriedade antibacterianas e de aromaterapia.
As folhas podem ainda ser utilizadas em saquinhos de cheiros nas gavetas de roupa e nos armários, como repelente de insetos e ainda para afastar a traça.
Como atrai intensamente as abelhas é possível produzir mel com sabor a alecrim. Ainda na cozinha pode ser utilizado nos assados (folhas e espetos) e em saladas (flores). Nos grelhados a carvão, um ramo de alecrim sobre as brasas dá ao alimento um paladar e um aroma inigualáveis. Finalmente, é possível utilizar as folhas e as flores como aromatizante em vinagres, azeites e manteiga de ervas.
Características:
Dos cultivares, o “Golden Rain” é mais pequeno e tem as folhas jovens com pontas amarelas; o “Prostratus” cresce menos e desenvolve-se rente ao chão; o “Roseus” tem flores cor de rosa e o pequeno “Santa Barbara” possui flores azuis escuro e uma altura máxima de 30 cm.
O alecrim é uma das plantas com mais antigos registos na História dos povos da bacia mediterrânica, sendo-lhe atribuídas inúmeras qualidades e virtudes.


24-06-2007

5 comentários:

  1. gosto desta planta

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  2. Atenção! Rosmaninho e alecrim não são a mesma coisa. O nome científico referido neste caso do alecrim, e não rosmaninho, também está mal escrito. Uma atenção especial para quem lê que poderá ser induzido a erro, as informações que se encontram no wikipédia em relação ao rosmaninho são muitos escassas e vagas e muitas me parecem estar erradas e aqui na internet até mesmo no google quando pesquisamos, em alguns sites, (até já vi em sites de vendas de plantas! e está errado...como é possível?) blogs e até mesmo algumas imagens não estão correctas, o que nos induz a erro, daí também não ter culpa talvez porque achando e confiando na informação que obteve aqui também fez mal. Há muita gente que confunde as plantas porque o nome científico do alecrim é rosmarinus officinalis, daí confundirem com o rosmaninho. Outros sites e blogs, por outro lado, explicam e fazem bem essa distinção. Experimentem encontrá-los e procurem vídeos que vos expliquem essa diferença e vos mostrem a planta. É pena que as informações do wikipédia não sejam esclarecedoras e haver muita confusão em relação a estas plantas na internet. Para que distingam, o alecrim, dá umas flores pequeninas, o rosmaninho dá uma flor semelhante a uma espiga de cor lilás. E o alecrim não é o mesmo que rosmaninho! É importante frisar isto, porque até os grandes chefes os confundem. Espero ter ajudado.

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  3. Julgo que as imagens permitem que ninguém confunda uma planta com a outra que aliás se cuidam de forma semelhante. Mas muito obrigada na mesma pelo seu cuidado e contributos.

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    1. Boas

      Na verdade, você concordou com o post do anónimo anterior mas não corrigiu o blog, induzindo assim em erro os poucos Portugueses que ainda não confundiam as plantas quando, como eu, fazem uma pesquisa no GOOGLE. O seu erro é duplo, não só o alecrim não é a mesma coisa que o rosmaninho, como o nome científico não é "rosemarinus" mas sim "rosmarinus" . Assim desta forma, você com o seu blog e sem que ninguém a controle, está a contribuir para a desinformação deste povo já de si tão desinformado.
      Acontece, talvez por influência árabe, que somos os únicos a chamar ao "rosmarinus officinalis" alecrim, em quase todas as línguas "rosmarinus derivou em rosemary; rosemarie; rosmarin; romero etc", até aqui tudo estaria bem, mas o mais estúpido da nossa língua, é que fomos chamar rosmaninho (esta sim uma palavra que deriva de "rosmarinus" ) à "lavandula spp" também conhecida por Alfazema, Rosmaninho ou Lavanda. Ora, os "cultos" tradutores da TV, (mas menos inteligentes que os leitores do seu blog, que distinguem, esses sim, uma planta da outra, só por verem as fotos que publica), quando vêem e ouvem, o Jamie Olivier e outros cozinheiros mediáticos, dizer que vai pôr um ramo de rosemary no prato que está a preparar, traduzem de imediato para rosmaninho, acabando por contribuir assim para a violência doméstica, quando um dos conjugues descobre que o outro pôs rosmaninho no prato em vez de alecrim.
      Assim, para que não restem dúvidas: rosmarinus officinalis = Alecrim lavandula spp = Lavanda, Rosmaninho ou Alfazema.

      Cumprimentos

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    2. Pronto, com sua explicação fica tudo melhor esclarecido! Tudo de bom por aí.

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