Nome Comum: Quatro da Tarde, Maravilha do Perú, Bela-da-noite
Família: Nyctaginaceae
Família: Nyctaginaceae
Descrição:
Esta planta tem o formato de pequeno arbusto, é perene, possui inúmeros ramos laterais e dá flor durante todo o verão. Pode atingir 60 a 90 cm tanto de altura como de largura e cada ramo possui folhas ovais e ponteagudas com cerca de 5 a 10 cm, que se localizam de forma oposta em cada lado do caule. As flores são muito perfumadas e podem nascer em cachos ou isoladas, com cores que vão do vermelho, rosa, amarelo, branco ou cor de vinho, podendo ter até mais de uma cor na mesma planta.
As flores individuais tem um formato de sino, com cerca de 2,5 cm de largo e cerca de 5 cm de comprimento. Abrem ao fim do dia e murcham no dia seguinte, mas cada planta continua a produzir novas flores sem cessar desde o fim da primavera até ao início do outono. As raízes são tubérculos escuros que podem atingir 25 cm ou mais. Nas regiões mais quentes estes tubérculos chegam a pesar 18 kg.
Localização:
São originárias da América do Sul, mas hoje em dia encontram-se facilmente em qualquer parte do mundo e em Portugal chegam a crescer junto a passeios e nos jardins públicos, sem grandes cuidados.
São originárias da América do Sul, mas hoje em dia encontram-se facilmente em qualquer parte do mundo e em Portugal chegam a crescer junto a passeios e nos jardins públicos, sem grandes cuidados.
Luz: Dão-se bem em zonas soalheiras, embora na sombra também se desenvolvam sem problemas.
Humidade: No verão gostam de humidade regular, devendo ser regadas de três em três dias. No inverno deve reduzir-se as regas, bastando por vezes a água da chuva para que se mantenham vivas e em bom estado.
Resistência: nas regiões mais frias do Norte do país e do Alentejo, são plantas anuais, devido ao gelo e geada. Devem ser plantadas de novo todos os anos para que cresçam saudáveis. Nestas localizações, para conseguir que se mantenham vivas durante o inverno, os tubérculos podem ser retirados do solo e guardados em vaso numa garagem ou viveiro. Mas em Portugal praticamente tal não é necessário, quando muito pode resguardar-se a planta com palha seca, casca de pinho ou mesmo uma tela porosa no solo e em volta do caule, durante os dias mais frios, para que volte a nascer como planta perene por muitos e muitos anos seguidos.
Propagação: Pode ser propagada por semente no início da primavera, ou através da divisão de um tubérculo em qualquer altura do ano. Mergulhando previamente durante umas horas as pequenas bolas negras que constituem as sementes em água tépida, é possível obter uma germinação mais rápida e fácil. Se se pretender germinar uma Mirabilis especial de que se goste muito, pode desenterrar-se o tubérculo no fim da estação de crescimento e plantá-lo de novo no início da primavera, obtendo assim uma planta de melhor qualidade. Este procedimento porém é mais difícil em plantas grandes, que possuem enormes tubérculos, difíceis de extrair do solo inteiros e sem se danificar. Para compensar, as sementes obtêm-se facilmente no fim do verão após a queda das flores, que depois de secas deixam uma bolinha preta no seu pedúnculo. Se nada se fizer em princípio nascerão novas plantas a partir das sementes desde que caiam num solo fértil, sendo que estas demorarão um ano até atingir uma dimensão adequada no jardim e dois anos a dar flores.
Aplicação:
As Quatro-da-Tarde são em regra plantas perenes e muito rústicas, populares nos jardins do sul do continente europeu, onde há mais sol e luz, resistindo ao ponto de continuarem vivas mesmo em jardins abandonados.
Podem ser utilizadas em bordas dos canteiros, em manchas no centro de relvados, ou misturadas com outros arbustos. As flores podem abrir no final da manhã em locais menos soalheiros ou no fim do dia, em locais com muito sol. Os caules são muito frágeis podendo partir-se com grande facilidade.
Características:
A raiz da Mirabilis é utilizada em alguns locais como alucinógeno e também para fins medicinais. Das flores retiram-se corantes. Na realidade nas flores não existem pétalas – o que parece ser uma corola é em boa verdade um cálice - mas esta distinção apenas interessa aos botânicos, claro!
Alerta:
Estas plantas podem tornar-se invasivas se as sementes não forem mantidas sob controlo apertado. Quando se deixam crescer livremente, tornam-se difíceis de eliminar, em virtude das raízes (tubérculos) serem fortes e profundas. Não podem ser ingeridas porque todas as suas partes são venenosas. Atenção pois às crianças que podem achar as bolinhas pretas convidativas e também aos animais caseiros.
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