Pesquisar neste blogue

outubro 07, 2014

PETÚNIA



Petunia X hibrida
Nome Comum: Petúnia

Família: Solanaceae 


Descrição:
São plantas perenes mas que se tratam em geral como anuais, pois exigem alguns cuidados para continuarem bonitas de ano para ano e dado existirem exemplares baratos no mercado, se justificar muito mais a renovação todos os anos destas plantas no jardim ou no vaso com novas espécies.
 
Existem duas categorias de Petúnias: grandiflora e multiflora. As primeiras têm flores grandes em menor quantidade e as segundas possuem flores de menor dimensão mas em maior número. As do tipo grandiflora têm tendência para desenvolver hastes longas e pendentes. Nestas, as flores podem atingir 13 cm de diâmetro. Nas multifloras como referido antes, as flores são mais pequenas (5-8 cm) mas em maior quantidade e a planta tem a forma de um pequeno arbusto compacto e muito florido.

O formato da flor de petúnia em regra parece o de uma trombeta, mas as espécies híbridas possuem muitas variantes incluindo as de pétala simples e dobrada, monocolores ou com margens coloridas. Também existem algumas com padrões de riscas, salpicos de cores variadas e com bordas de cores púrpura, malva, lavanda, rosa, vermelho, branco e amarelo.  As folhas e as hastes são pegajosas ao toque e têm um odor específico.
 
Origem:
Todos os membros do género Petúnia que contribuem para as centenas de híbridos existentes atualmente, têm origem na América do Sul em zonas tropicais ou sub-tropicais. Em Portugal ainda é raro ver petúnias nos jardins públicos, embora nos viveiros e à venda nas floristas se encontrem em abundância por volta do início da época de floração, pois são muito vistosas e coloridas.
 
Seria bom se as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia utilizassem mais esta espécie nos espaços públicos. Por exemplo, em países com climas bastante menos favoráveis do que Portugal, como é o caso do centro da Europa (Áustria, Rep. Checa, Suiça) é frequente ver vasos com petúnias pendurados nos candeeiros nas ruas mais frequentadas dos centros históricos e que duram praticamente toda a estação quente, voltando a ser repostos, com outras petúnias e/ou plantas misturadas, no ano seguinte.

Cultura: 
O solo deve ser de boa qualidade, fôfo e rico organicamente. O espaçamento entre cada pé depende da espécie em causa e do seu tamanho original no momento em que for comprada, mas por regra um compasso de 30 a 45 cm entre cada pé é suficiente para o seu crescimento regular.
 
Muito importante: vá retirando as flores velhas e corte com as unhas as pontas das hastes (eu chamo a isto pinchar) para encorajar o crescimento lateral, favorecendo a formação em arbusto cheio, caso contrário a planta tende a ficar com caules muito compridos e deselegantes e com menos folhas e flores.

Luz:
Prefere locais solarengos e com muita luz, mas que não sejam excessivamente quentes.

Humidade:
Como tantas outras plantas, gosta de humidade sem ser em excesso. Evite deixar água no prato do vaso e o solo não pode nunca ficar encharcado. Mas também não pode ficar seco por muito tempo. Verifique ao toque com o dedo na superfície se esta ainda está húmida antes de voltar a regar.

Resistência:
Todas as petúnias têm caules tenros mas resistentes em qualquer zona de Portugal, à exceção dos locais onde a geada noturna pode queimar plantas mais expostas. No entanto, hoje em dia pode plantar-se petúnias em praticamente qualquer local do país, renovando-se anualmente, pois são bastante baratas. Se forem seguidos os conselhos de manutenção, darão flor regularmente durante todo o tempo quente após o que desaparecem, podendo mesmo voltar a aparecer no mesmo local no ano seguinte, se se continuar a regar moderadamente.

Propagação:
As petúnias podem ser propagadas através das minúsculas sementes, em tabuleiros próprios, de onde são depois transplantados para o local definitivo no momento apropriado que em geral é no início da primavera. Contudo, é muito mais fácil comprar tabuleiros com as pequenas plantas já desenvolvidas e no tamanho desejado, ou mesmo em vasos onde desde logo se pode apreciar a variedade das flores que virão a desenvolver-se nessa estação em grande quantidade.
 
Há quem prefira juntar várias cores diferentes no mesmo vaso e quem junte várias plantas de uma mesma cor ou tonalidade, para assim obter efeitos muito interessantes. Se plantar num canteiro, não use apenas um pé porque este ficará meio perdido no meio do resto das plantas. Agrupe um conjunto de petúnias, por exemplo com uma no centro e várias outras à volta, da mesma cor ou de cor diferente, para que o conjunto não perca relevância junto de outras plantas maiores.

Aplicações:
Podem ser utilizadas em canteiros, como bordas ao longo de passeios ou mesmo preenchendo todo o espaço disponível num canteiro. Em vasos pendurados nas árvores ou em ganchos suspensos de paredes ficam muito bem as grandifloras, dado o hábito pendente das suas hastes. Podem plantar-se dentro de vasos nas floreiras de uma janela, ou diretamente no solo destas, se existir terra em quantidade suficiente para que as raízes se desenvolvam. É aconselhável proteger os vasos do sol quente e regar mais vezes se o calor se fizer sentir mais forte, tendo o cuidado de não molhar as folhas e as flores para evitar a ocorrência de fungos.

Características:
Se existe uma planta mais aconselhável para quem quer ter flores todo o ano no jardim, na varanda, na floreira da janela ou num canteiro, essa planta é certamente a Petúnia. Cresce muito rapidamente e não pára de dar flores num contínuo desabrochar de cor e de variedade. Para além disso, é uma planta de baixo custo, bonita e fácil de encontrar à venda em qualquer viveiro ou centro de jardinagem. O segredo é mesmo ir retirando as flores velhas e murchas e pinchar as pontas das hastes novas para que voltem a dar mais folhas e flores.

Sem comentários:

Enviar um comentário