Papaver somniferum
Nome comum: Papoila dobrada, Papoila do
Pão
Família: Papaveraceae
(Família das papoilas)
Descrição:
A Papoila dobrada é uma planta anual que atinge 90 cm
a 1,2 m de altura, com folhas verde azuladas pontiagudas e extremamente
recortadas, que chegam a atingir 15 cm de comprimento.
O caule, quando cortado,
emite uma substância leitosa da qual se extrai o ópio*. De início as folhas
emergem do solo quase em forma de alface, com folhas baixas que envolvem o
núcleo inicial como uma roseta, após o que, já na primavera, surge um caule
ereto que se enche de folhas e termina num botão que se vai desenvolvendo
lentamente em direção ao céu, até abrir numa flor magnífica que chega a atingir os
10 cm de diâmetro. As cores podem ser vermelha, branca, rosa, lilás e malva, tendo
em geral pétalas dobradas. As flores duram pouco tempo mas quando caem as
pétalas, as cápsulas revelam-se grandes e verdes, continuando a
desenvolver sementes, à medida que a planta vai secando. Por esta razão e
embora visualmente nesta fase a planta não seja muito atrativa, se se quiser
guardar as sementes, não se deve arrancar do solo enquanto a cápsula
não tiver maturado, o que se vê pela cor castanha e sobretudo pelo barulho quase de chocalho que
faz quando é abanada. Caso não se corte a cápsula e se guarde no local para ser semeada
na época seguinte, ela abrir-se-á espalhando as sementes em volta, que nascerão
arbitrariamente na primavera seguinte no sítio onde tiverem caído.
Por serem úteis na produção de fármacos, hoje em dia estas papoilas são cultivadas em praticamente todo o mundo, embora sejam originárias do sudeste da Europa e da Ásia ocidental. Delas se retiram substâncias que servem para produzir analgésicos, tais como a codeína e a morfina e ainda outros narcóticos ilegais. Porém podem ser cultivadas apenas pela beleza das suas flores, que tornam a papoila do ópio popular em muitos jardins em todo o mundo, sendo uma planta ornamental fácil de cultivar e bastante vistosa.
Cultura:
Há mais de 6.000 anos que a
papoila do ópio é cultivada para fins terapêuticos e medicinais, crescendo
rapidamente e em qualquer lado, desde que o solo seja moderadamente poroso.
Luz:
Deve ser cultivada em pleno sol embora nas regiões mais quentes beneficie de
alguma sombra durante a tarde.
Humidade:
Necessita de ser regada regularmente enquanto cresce.
Resistência:
Dá-se bem nas regiões quentes
(zonas 7 a 10) podendo porém vingar se sujeita na fase inicial da semente a um
abaixamento da temperatura ambiente ou a geada. Quando começa a ter uma altura
razoável deve ser apoiada num tutor, pois tende a vergar e a cair para o lado.
Quando se pretende ter mais do que uma rodada de flor na mesma planta, basta
cortar as cápsulas das flores fanadas e deixar que surjam novos botões, em
geral nas “axilas” de folhas mais baixas. Cortar com cuidado as flores velhas
porque por vezes já se notam novas flores a nascer no mesmo caule que podem vir
a ser prejudicadas pelo corte da flor antiga se não se tiver cuidado. Com este método, que inviabiliza
naturalmente o aproveitamento das cápsulas para reprodução futura, convém
reservar dois ou três pés para amadurecimento das cápsulas grandes, a fim de manter
uma sementeira anual, pois as flores de segunda geração provenientes da mesma planta, dão em geral
cápsulas menores e portanto, plantas de menor porte e inferior qualidade.
Propagação: propagam-se
muito facilmente pelas sementes que se espalham no terreno no final do inverno ou
início da primavera. Como referido podem também deixar-se na planta para que
caiam e voltem a brotar expontâneamente na estação seguinte. Contudo, neste
último método, provavelmente será necessário retirar e deitar fora alguns pés
que nasçam mais juntos e que por essa razão e porque a planta não gosta de ser
mexida mesmo quando ainda é muito jovem, não permitirão que as plantas se
desenvolvam de modo airoso e saudável.
Em geral, é mais fácil deixar
as sementes cair na terra e depois retirar os pés que nasçam demasiado juntos, mas
pode também retirar-se as cápsulas maduras com as sementes dentro antes delas se
abrirem, deixando que amadureçam suficientemente para que tenham boa qualidade,
e na altura certa semear em linha, distanciadas umas das outras, no local onde se
pretende que as plantas se desenvolvam normalmente.
Mais uma vez atenção porque a
papoila não suporta bem ser mudada de sítio, em virtude do sistema de raízes ser demasiado
frágil e as mais das vezes quando sujeita a esse "trauma" acaba por não vingar. Se tiver mesmo de transplantar
alguns pés, faça-o com o maior cuidado levando a maior parte da terra junto com as raízes e regue regularmente enquanto a planta
estiver a adaptar-se ao novo lugar.
Aplicações:
As papoilas tornam um canteiro extremamente alegre e agradável de se ver, especialmente se estiverem em contraste com outras plantas de folhagem verde escura. Também se podem cortar as flores para pôr em jarras, mas para isso convém cortar um pé com o botão quando este apenas começa a abrir, deixá-lo de cabeça para baixo num local escuro e fresco durante 24 horas e só depois pôr na água e trazer para a luz.
As papoilas tornam um canteiro extremamente alegre e agradável de se ver, especialmente se estiverem em contraste com outras plantas de folhagem verde escura. Também se podem cortar as flores para pôr em jarras, mas para isso convém cortar um pé com o botão quando este apenas começa a abrir, deixá-lo de cabeça para baixo num local escuro e fresco durante 24 horas e só depois pôr na água e trazer para a luz.
Características:
Existem mais de 70 espécies de papoilas, a maior parte originária
das regiões de clima temperado na Ásia e na Europa. A Papoila da Califórnia (Eschscholzia californica) embora seja da
mesma família é de diferente gene. Como, embora a partir de procedimentos
específicos e deliberados, a papoila pode ser utilizada para fabricar
narcóticos ilegais, nem sempre as sementes ou mesmo as plantas são encontradas à venda em viveiros.
Por esta razão é frequente a troca de sementes entre os jardineiros felizardos que conseguem produzi-las nos seus jardins.
Por esta razão é frequente a troca de sementes entre os jardineiros felizardos que conseguem produzi-las nos seus jardins.
* AVISO: embora as sementes ao natural sejam comestíveis por humanos e até se possam juntar à massa do pão, elas contêm substâncias
alcalinas que são detetadas como positivas em testes para opiácios e portanto, sejam proibidas por exemplo aos desportistas. De resto, todas as outras partes desta
planta são tóxicas e não podem de modo nenhum ser ingeridas. A produção do estupefaciente só pode ser feita de modo industrial, logo o uso doméstico em jardim não está proibido.
Nasce uma na minha horta por conta, transplantei, mas nao vingou depois. Muita linda.
ResponderEliminarÔi Lucas, na verdade as Papoilas, todas elas, não suportam que as raízes sejam perturbadas, logo quando você transplantou condenou a sua papoila a morte certa. O que se faz é deitar muitas sementes no local definitivo e logo que as mudas surgem, você retira as mais pequenas com todo o cuidado e joga fora pois não vão sobreviver. Ficam as melhores que quando chegam à idade adulta dão novas sementes e todo o ano voltam a nascer no mesmo local sem que seja necessário fazer mais nada, são auto-semeadas. Ou então guarde as sementes e na época adequada, semeie no local que pretende., são muito fáceis de propagar.
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